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No passado domingo, dia 14 de maio, a malta das duas rodas rumou a Santa Cita, distrito de Santarém, para mais uma edição do raid Rota dos Falcões, esta que é já a sua 8ª edição.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesQuase 400 atletas propuseram-se a percorrer uma de duas distâncias disponíveis: 35km para o mini-raid e 55km para o raid.

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O secretariado pela nossa parte, fez-se no dia anterior, uma mais valia para quem é da zona ou vem no dia anterior e que como aquela hora éramos só nós, foi rapidíssimo.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesNo dia, chegada a Santa Cita por volta das 08h, 20 minutinhos de aquecimento e toca de arrancar para a zona de partida, onde estava toda uma festa montada. Dois dedos de conversa aqui e ali, sendo que quando chegámos à manga de partida, esta estava já bem composta. Daí, foi fazer o controlo 0, também ele sem demoras e aguardar na manga pela partida.

Dada a partida a horas, seguiu-se um arranque rápido a tentar furar por entre os restantes atletas, tentando aproveitar ao máximo os primeiros quilómetros em alcatrão, com passagem pela Fábrica da Matrena, com o seu magnífico açude que acolhe o Rio Nabão. Aqui iniciou-se a primeira subida do dia, ainda em alcatrão e onde deu para chegar um pouco mais à frente da corrida, antes de entrarmos em terra e os caminhos começarem a estreitar.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesEntrada na terra aos cerca de 3.3km e com o tempo seco que tem estado, muito pó a levantar-se, pelo que abrandámos e seguimos com mais precaução, pois os atletas ainda estavam um pouco juntos.

Lá fomos rolando, entre alcatrão, terra e algumas zonas mais estreitas, até apanharmos o primeiro singletrack, o Trilho do Gato, onde o andamento começou a abrandar um pouco.

Fomos apanhando singletracks, com também o do Javali, até que aos cerca de 10km entrámos num singletrack por meio de eucaliptos, ao jeito de anfitrião dos muito trabalhados singletracks que nos esperavam, o primeiro deles logo de seguida. Estamos a falar de um dos trilhos icónicos da zona, o Trilho dos Fortes.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesCom um furo nesses 10km que obrigou a colocar um taco, fomos passados por imensos atletas e quando conseguimos arrancar, começámos a apanhar paragens, uma vez que o Trilho dos Fortes já pede alguma técnica.

Daí em diante, foi correr atrás do prejuízo, com alguns dedos de conversa com outros atletas pelo meio, num constante sobe e desce até que aos 18km surgiu o primeiro abastecimento, muito bem composto de líquidos e sólidos e animado por um DJ.

Saímos do abastecimento para um troço muito rápido, seguido de mais algumas subidas e depressa regressámos aos singletracks, imagem de marca da organização. Trilho do Enduro, Trilho das Hortas, Trilho dos Teimosos, Trilho do Bosque, numa sequência que nos levou à margem do Rio Zêzere com cerca de 26.5km percorridos, logo abaixo da Barragem do Castelo de Bode, também esta, passagem característica da Rota dos Falcões e não fossemos logo de seguida encarrilhar em novo singletrack, com seguimento no Trilho dos Falcões.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesComo é óbvio, se descemos até ao Zêzere, também tivemos que de lá sair e então, lá se seguiram mais cerca de 3km maioritariamente a subir, seguido do Trilho do Zen e do mais que conhecido Trilho da Matrena, até passarmos novamente pela fábrica e fazer um pouco do trajeto inicial no sentido contrário até à separação.

A partir da separação, era um pulinho até à meta, para quem ficasse pela distância mini-raid. Para os aventureiros da distância raid, ainda tinha mais cerca de 18km a percorrer, iniciando-se com bastante estradão em constante sobe e desce até ao segundo abastecimento aos 40km, também este muito bem apetrechado de comes e bebes.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesDaqui, a direção tomada, foi mais um vez a do Rio Zêzere, mas desta feita mais precisamente até à foz do Rio Nabão, onde este deságua no Zêzere, percorrendo singletracks com alguma necessidade técnica e uns ganchos fechados.

À semelhança da primeira ida ao Zêzere, mais uma vez tínhamos que de lá sair, agora, em direção à meta para terminar, tendo para isso, ultrapassado mais duas boas subidas de cerca de 1km cada uma.

Pouco depois, chegámos à união de percursos, onde antes nos tínhamos separado e rapidamente chegámos à zona de meta, não sem uma última picada para colocar com pontos nos i’s (ou nas pernas).

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesNa meta estava feita a festa com todos e todas a comer e beber, em ambiente de saudável confraternização.

A distância raid acabou com 53.3km e 1350m de subida acumulada.

Para finalizar, este foi um evento muito bem organizado, com marcações em fitas, cal e placas sem nada a apontar, abastecimentos fartos e com malta divertida e dedicada tanto nesses mesmos abastecimentos, como em locais de atravessamentos de estradas e afins.

Rescaldo da VIII Rota dos FalcõesO percurso em si, já requer alguma técnica e preparação para superar os inúmeros singletracks e a subida acumulada, sendo já uma referência do BTT na zona centro, tanto pelo trabalho feito a manter estes trilhos, como pelas paisagens por onde eles serpenteiam.

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