Concluídos os sete dias de competição do 28.º Grande Prémio de Ciclismo Jornal de Notícias, entre os dias 28 de maio e 3 de junho, a equipa Continental UCI Miranda-Mortágua faz um balanço positivo da sua participação.
Nuno Meireles vestiu de amarelo e toda a equipa mostrou uma grande atitude durante a prova, uma das mais tradicionais do calendário nacional e com muito nível, que corre as estradas da região Norte do país.
Ontem saiu para a estrada a derradeira etapa, que correspondeu ao dia mais duro deste Grande Prémio Jornal de Notícias. Uma jornada repleta de ataques desde muito cedo, por parte de quem tinha pretensões à Classificação Geral. Muita velocidade fez com que na passagem pelas montanhas o grupo ficasse cada vez mais reduzido, acabando por ser de apenas 18 elementos no final. Jorge Magalhães foi o último ciclista a perder o contacto com este grupo, já bem perto do alto da contagem de montanha de primeira categoria, a mais dura do dia. No entanto, bons indicadores para este ciclista, que começou a prova algo debilitado e foi em crescendo até ao final.
A restante equipa ficou no apoio ao melhor classificado na Geral à partida, Hugo Nunes, que após um excelente início de prémio veio a revelar alguma fadiga com o passar dos dias, situação perfeitamente normal devido à tenra idade dos ciclistas Miranda-Mortágua.
Terminado o Grande Prémio JN, ainda assim o balanço só pode ser positivo: no final da 2.ª etapa Nuno Meireles vestiu de amarelo, cores que carregou durante a 3.ª etapa, com muito esforço de toda a equipa para controlar a tirada. No mesmo dia também a equipa venceu a etapa, ocupando o primeiro lugar da Geral da Classificação por Equipas. Houve muita união, entrega e dedicação durante estes sete dias duros de competição e sem descanso.
“Saímos daqui satisfeitos”, disse Nuno Meireles. “Podíamos ter aguentado a Camisola Amarela até ao contrarrelógio mas não foi possível. Todo o coletivo esteve muito bem. Houve muita qualidade e mostrámos que realmente temos uma ótima equipa e é isso que temos de retirar daqui, sendo o balanço francamente positivo. Ninguém imaginaria que iríamos andar de amarelo e a controlar a etapa. Provamos que realmente estamos cá e estamos todos muito bem, com a moral em alta”.
Já Pedro Silva, diretor desportivo da Miranda-Mortágua, que faz um balanço igualmente positivo, lembra que um dia de amarelo numa prova com esta qualidade e mediatismo “foi excelente e nem nos passava pela cabeça”. Aponta como único senão o facto de “não termos conseguido manter a camisola mais um dia. Trabalhamos bem para isso, assumimos a corrida e mostramos que temos competência tal e qual como as outras equipas mais maduras e com outro tipo de orçamento. Saímos daqui muitos satisfeitos e sabemos que os azares e as contrariedades acabaram, portanto aquilo que está a acontecer é o que se esperava e vale mais tarde do que nunca. Estamos bem lançados e vamos continuar nesta onda de certeza”, terminou, otimista.
Esta corrida de sete dias veio permitir também perceber “o que vamos ter na Volta a Portugal”, continuou Pedro Silva: “Ajudou a que os ciclistas se adaptassem a uma semana contínua de prova, o que foi muito importante, bem como proporcionar à equipa ganhar ainda mais ritmo para os objetivos que se avizinham”.
A Miranda-Mortágua prepara-se agora para os próximos objetivos, já este fim-de-semana, com a participação no Memorial Bruno Neves, competição de um dia a realizar no domingo, 10 de junho.
CLASSIFICAÇÃO GERAL:
1.º – António Carvalho (W52/FC Porto) 15h50m58s
28.º – Hugo Nunes (Miranda-Mortágua) a 32m52s
30.º – Jorge Magalhães (Miranda-Mortágua) a 33m28s
35.º – Nuno Meireles (Miranda-Mortágua) a 38m33s
41.º – António Barbio (Miranda-Mortágua) a 45m03s
55.º – Francisco Campos (Miranda-Mortágua) a 55m37s
54.º – Pedro Teixeira (Miranda-Mortágua) a 1h04m54s
62.º – José Sousa (Miranda-Mortágua) a 1h32m36s
CLASSIFICAÇÃO POR EQUIPAS:
1.º – W52/FC Porto 59h51m56s
8.º – Miranda-Mortágua a 1h36m13s
GERAL METAS VOLANTES:
4.º – Nuno Meireles (Miranda-Mortágua) 5pts