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O clássico dos GranFondos em Portugal regressou em 2018 para a 7ª edição do GranFondo Aldeias do Xisto, com muitas novidades e no qual o BTT Lobo teve o privilégio de participar.

© Granfondo Premium – Agnelo Quelhas

Este ano, a prova mudou de ares, trocando a bela vila da Lousã pela não menos bela e acolhedora cidade do Fundão, dando o privilégio aos ciclistas amadores de conhecer algumas das mais bonitas Aldeias do Xisto e o surpreendente cenário do mais icónico e grandioso complexo mineiro português.

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© Granfondo Premium – Nuno Dias

A mina da Panasqueira localiza-se nos Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco entre os maciços de S. Pedro do Açor e da Gardunha e marca a história do nosso país como um símbolo da coragem e do sacrifício dos homens na sua relação mais íntima e desafiante com a natureza.

© Granfondo Premium – Nuno Dias

O percurso inclui a difícil subida que começa no Rio Zêzere  e passa pelos três cenários deste complexo (Cabeço do Pião, Aldeia de S. Francisco de Assis e Barroca Grande) até ao Alto do Xiqueiro no tecto da Serra do Açor, será uma singela homenagem aos muitos homens e mulheres que viveram ao longo de anos nesta paisagem, submersos nas entranhas destas montanhas para ganhar a sua vida. As estradas, as paisagens e as gentes reúnem-se para tornar este renovado Granfondo Aldeias do Xisto numa experiência épica.

© Granfondo Premium – Nuno Dias

O percurso do Granfondo incluía todos os condimentos de um traçado mítico. Uma contagem de 1ª categoria, uma de 2ª e quatro de 3ª desafiaram os ciclistas na descoberta de algumas das paisagens mais inóspitas e surpreendentes da Serra do Açor. Depois de um início sem grandes dificuldades, os participantes cruzaram pela primeira vez o Rio Zêzere.

© Granfondo Premium – Nuno Dias

A seguir a ponte iniciava-se então a primeira grande e dura subida de 1ª categoria que nos guiava até ao ponto mais alto do percurso, no Alto do Chiqueiro, nos 1.068 m de altitude.

© Granfondo Premium – Agnelo Quelhas

A parte final do percurso em estrada estreita e em piso degradado, somado as elevadas pendentes ajudou a endurecer o percurso e a desejar a descida que se aproximava. A descida até à Portela de Unhais era composta por um piso em excelente estado, muito rápida e simplesmente espectacular.

© Granfondo Premium – Agnelo Quelhas

Uma nota menos positiva, o primeiro abastecimento situava-se no inicio desta descida e do lado oposto da estrada, o que tornava a paragem e o posterior arranque um pouco perigosos. Será um ponto a rever, seguramente, em futuras organizações. No final situava-se a divisão dos dois percursos.

Uma série encadeada de subidas e descidas levam-nos até às margens da Albufeira de Sta. Luzia, passando pelo Vidual e após mais uma contagem de montanha situada no Alto do Fajão, estamos na tão famosa estrada “aérea” que inspirou o eterno nome “Skyroad”.

© Granfondo Premium – Agnelo Quelhas

Aqui há mais um ponto menos positivo a assinalar. Supostamente, no cimo da subida haveria um abastecimento líquido que, na altura da minha passagem e de mais alguns atletas, não existia. Foi algo complicado, uma vez que tivemos um dia de algum calor e este abastecimento é sempre fundamental. Uns quilómetros adiante, descemos para a bela vila da Pampilhosa da Serra, madrinha deste evento desde o primeiro momento, para o tão habitual abastecimento.

Depois da recuperação feita no 2º reabastecimento, é tempo de percorrer a magnifica e desafiante Estrada Nacional 112 no seu habitual sobe e desce, com passagem na ponte de Cambas e no Orvalho onde o Zêzere marca novamente a paisagem. A aproximação à Aldeia de Bogas de Cima, berço do projecto das Aldeias do Xisto, tinha aguardando por nós o 3º reabastecimento, marcando o início da penúltima subida. No alto, tínhamos a sempre deslumbrante vista sobre a Torre (Serra da Estrela).

© Granfondo Premium – Nuno Dias

Mais uma descida e já estamos no início da última subida para Alcongosta, menos difícil e na sua maioria rodeada pelas cerejeiras que tornaram o Fundão numa referência no que toca a este fruto. Confesso que a última parte desta subida foi um pequeno sacrifício que já não esperava depois de mais de 3000m de acumulado já pedalados. A descida seguinte em paralelo foi o culminar da muita dureza do percurso.

Finalmente tínhamos já o Fundão à vista e daí até à meta foi um instantinho. Estava na hora do bem merecido almoço e da recuperação.

Opinião do BTT Lobo pelo Atleta Miguel Campos:

© Granfondo Premium – Nuno Dias

Foi a minha 5ª participação neste excelente evento, pioneiro dos granfondos em Portugal. Fiquei muito agradado com a mudança de localização e com a oportunidade de conhecer outros locais. O percurso mais longo tinha um traçado muito exigente que requer alguma preparação. As expectativas não foram defraudadas e no geral foi espetacular.

Normalmente acabo estas provas de tal forma “empenado” que digo: Enquanto me lembrar desta não me meto noutra… O que é certo é que a satisfação de concluir é tão grande que passadas algumas horas, já estou a ver a agenda e a preparar mais um desafio.

POSITIVO:

© Granfondo Premium – Nuno Dias

O percurso, a localização: O Fundão recebeu-nos e acolheu-nos de braços abertos, a refeição no final da prova. Excelente!! Bacalhau à Braz ou massa, cozinhados na altura e muito saborosos, com a possibilidade de repetirmos, simplesmente fantástico!

NEGATIVO:

Alguns pontos a rever, no meu entender: O local onde estava situado o primeiro abastecimento, a falta de abastecimento liquido, assinalado, depois da segunda subida categorizada.

© Granfondo Premium – Agnelo Quelhas

Para o ano lá estaremos, seguramente.

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