A UCI anunciou hoje o calendário reformulado e incluiu uma revelação bem-vinda e muito esperada na competição feminina: O Paris-Roubaix.
O Inferno do Norte sempre esteve fora dos limites do pelotão feminino, mas com o anúncio de hoje, a nova data marcada para 25 de outubro, chega uma divulgação ainda mais alegre: Uma das corridas mais importantes e esperadas nas clássicas da primavera incluirá uma corrida feminina, pela primeira vez.
Reações da equipa feminina Trek-Segafredo, à estreia do Paris-Roubaix:
Lizzie Deignan: “Obviamente, é uma surpresa incrível, estou muito feliz! Acho que o Paris-Roubaix é uma corrida mítica, uma das corridas que atrai a maioria dos adeptos de ciclismo. Se pudermos atrair esses mesmos adeptos para a competição feminina, acho que é algo muito favorável. A corrida está marcada para o final de um período intensivo de corridas e depois de um ano tão desafiante, devido à pandemia do novo coronavírus, mas ter um Paris-Roubaix, facilita a motivação. É uma perspetiva muito emocionante poder fazer esta corrida e acho que temos uma equipa forte para nos batermos pela vitória.”
Ellen van Dijk: “Estou muito animada por haver um Paris-Roubaix feminino! Eu acho que é uma corrida que muitas ciclistas estão ansiosas por correr e estão emocionadas pelo facto de estar incluída no calendário. Talvez esse seja o lado positivo após este período difícil: O facto da corrida masculina ter de ser remarcada para o outono tornou possível também a corrida feminina.
“Esta novidade é muito positiva e estou muito feliz. Pessoalmente, gosto do pavê e é um percurso plano que também me agrada. O Paris-Roubaix é uma corrida histórica e será fantástico correr nestas estradas lendárias. A corrida está marcada para o final de outubro, quando o clima nem sempre é o melhor, mas provavelmente será uma corrida ainda mais espetacular se chover, onde tudo pode acontecer. Quanto mais épico melhor. Adoraria fazer parte desta primeira edição do Paris-Roubaix feminino “.
Lucinda Brand: “É bom finalmente ver o calendário de competição feminino. Claro, é difícil prever neste momento se conseguiremos competir em todas as corridas programadas, mas pelo menos isso dá-nos um objetivo para trabalhar e isso é realmente útil, especialmente a nível psicológico. Eu vejo a maioria das grandes corridas clássicas da primavera, todas difíceis e é claro que a grande surpresa é o Paris-Roubaix, que é espetacular. Mesmo neste ano difícil em que estamos, a organização permite que se realize esta corrida especial que as mulheres do pelotão profissional desejavam correr há muito tempo. Este é um passo à frente e eu já não esperava que acontecesse este ano. Estou realmente muito feliz com isso.”
Ina Teutenberg, diretora desportiva: “É um passo em frente para o ciclismo feminino acrescentar outro monumento ao calendário feminino. É uma corrida histórica e sempre épica; tem pavês e muita atenção dos media e eu acho muitas das nossas ciclistas ficarão muito motivadas ao correr sobre estas pedras. Temos ciclistas que podem superar este tipo de terreno particularmente difícil, por isso vamos ser muito competitivos.”