As subidas ao Tourmalet, em França, e ao Angliru vão ser os pontos mais ‘temidos’ de uma Volta a Espanha 2023 com 10 chegadas em alto e dois contrarrelógios, e que vai partir de Barcelona pela segunda vez.
A edição de 2023 apresentada em Barcelona, corre-se de 26 de agosto a 17 de setembro, com chegada em Madrid, e mantém-se fiel à sua tradição montanhosa, com 10 finais em alto em 21 etapas, cinco dos quais inéditos.
Contudo, a abrir, os ciclistas vão ter de ultrapassar um contrarrelógio por equipas, de 14,6 quilómetros, nas ruas de Barcelona, que vai receber ainda a chegada da segunda etapa, com uma subida a Montjuic nos quilómetros finais a poder complicar a vida aos ‘sprinters’.
A primeira chegada de montanha vai acontecer logo ao terceiro dia, com a meta, em Arinsal, em Andorra, a coincidir com uma contagem de primeira categoria, a segunda do dia, todas dentro dos 30 últimos quilómetros dos 158,5 da tirada.
Seguem-se duas etapas mais calmas, apesar do habitual percurso sinuoso da Vuelta, com as ligações Andorra-a-Velha – Tarragona (183,4 quilómetros) e Morella – Burriana (185,7).
A montanha regressa na sexta etapa, em mais uma chegada em alto, com uma contagem de primeira categoria no Observatório Astrofísico de Javalambre, 181,3 quilómetros após a saída de Vall d’Uixó.
A primeira etapa claramente favorável aos ‘sprinters’ acontece apenas na sétima jornada, com uma ligação praticamente plana entre Utiel e Oliva, de 188,8 quilómetros.
Os homens mais rápidos do pelotão vão deixar o protagonismo para outros ciclistas no dia seguinte, com mais uma etapa dura, com cinco contagens de montanha entre Dénia e Xorret de Catí (164,8 quilómetros), a última de primeira categoria, a três quilómetros da meta.
Antes do primeiro dia de descanso, o pelotão vai ultrapassar uma etapa de média montanha, com duas contagens, uma de primeira, aos 60 quilómetros, e outra de segunda, a coincidir com a meta em Caravaca de la Cruz, 180,9 quilómetros após a partida em Cartagena.
A segunda fase da prova inicia-se com o segundo contrarrelógio, desta feita individual, com 25 quilómetros, em Valladolid, antes de nova chegada em alto, numa etapa praticamente plana entre Lerma e Laguna Negra de Vinuesa (163,2), com apenas uma contagem de primeira categoria, mas a coincidir com a meta.
Os ‘sprinters’ podem ter nova oportunidade na 12.ª etapa, entre Ólvega e Saragoça, embora o vento possa causar surpresas – os tradicionais ‘abanicos’ – nos 165,4 quilómetros da ligação.
Uma das etapas rainha, a par do regresso do Angliru, corre-se praticamente toda em França, com partida em Formigal, para 4,4 quilómetros depois os ciclistas cruzarem a fronteira, já com a primeira dificuldade do dia, uma contagem de terceira categoria, no alto de Portalet.
Depois, ao longo de 134,7 quilómetros, os corredores vão ter de ultrapassar o Ausbisque (categoria especial) e o alto de Spandelles (primeira), antes da chegada à meta, no mítico Tourmalet, uma categoria especial colocada a 2.115 metros de altitude.
Sem grande descanso, os ciclistas vão ter nova etapa duríssima no dia seguinte, com 161,7 quilómetros, entre Sauvaterre de Béarn, ainda em França, e Larra-Belagua, com duas categorias especiais dentro dos 90 quilómetros finais e a meta a ser um contagem de primeira.
Após dois dias muito duros, uma fuga terá possibilidades de vingar na 15.ª etapa, no País Basco, com um percurso de altos e baixos entre Pamplona e Lekunberri (156,5 quilómetros) a anteceder o segundo e último dia de descanso.
O recomeço promete uma etapa muito rápida, com um curto percurso de 119,7 quilómetros, entre Liencres e Bejes, onde a meta será coincidente com uma contagem de segunda categoria.
Três anos depois, nova chegada ao ‘infernal’ Angliru, após 122,6 curtos, mas explosivos, quilómetros, com a segunda metade da tirada, que começa em Ribadesella, a ter duas contagens de primeira categoria, antes da subida à mítica escalada de categoria especial.
A 18.ª etapa trará uma chegada inédita, em La Cruz de Linares, uma contagem de primeira categoria. Ao longo dos 178,9 quilómetros, desde Pola de Allande, os ciclistas vão ter de ultrapassar mais quatro contagens de montanha, duas de primeira categoria.
Os homens rápidos do pelotão vão ter a penúltima oportunidade de brilhar, na ligação entre Bañeza e Íscar, com 177,4 quilómetros planos.
A penúltima etapa não terá as habituais montanhas madrilenas, mas será uma autêntica clássica, com 208 quilómetros entre Manzanares el Real e Guadarrama, com 10 contagens de terceira categoria pelo caminho.
Em 27 de setembro, será coroado o sucessor do belga Remco Evenepoel, com uma etapa de 100 quilómetros entre o Hipódromo da Zarzuela e Madrid.
Etapas da 78.ª Volta a Espanha:
26 ago: 1.ª Etapa, Barcelona – Barcelona, 14,6 km (CRE).
27 ago: 2.ª Etapa, Mataró – Barcelona, 181,3 km.
28 ago: 3.ª Etapa, Súria – Arinsal (Andorra), 158,5 km.
29 ago: 4.ª Etapa, Andorra-a-Velha (Andorra) – Tarragona, 183,4 km.
30 ago: 5.ª Etapa, Morella – Burriana, 185,7 km.
31 ago: 6.ª Etapa, Vall D’Uixó – Javalambre, 181,3 km.
01 set: 7.ª Etapa, Utiel – Oliva, 188,8 km.
02 set: 8.ª etapa, Dénia – Xorret de Catí, 164,8 km.
03 set: 9.ª etapa, Cartagena – Caravaca de la Cruz, 180,9 km.
04 set: Dia de Descanso.
05 set: 10.ª etapa, Valladolid – Valladolid, 25 km (CRI).
06 set: 11.ª etapa, Lerma – Laguna Negra (Vinuesa), 163,2 km.
07 set: 12.ª etapa, Ólvega – Saragoça, 165,4 km.
08 set: 13.ª etapa, Formigal – Tourmalet (França), 134,7 km.
09 set: 14.ª etapa, Sauveterre de Béarn (França) – Larra Belagua, 161,7 km.
10 set: 15.ª etapa, Pamplona – Lekunberri, 156,5 km.
11 set: Dia de Descanso.
12 set: 16.ª etapa, Liencres – Bejes, 119,7 km.
13 set: 17.ª etapa, Ribadesella – Angliru, 122,6 km.
14 set: 18.ª etapa, Pola de Allande – La Cruz de Linares, 178,9 km.
15 set: 19.ª etapa, La Bañeza – Íscar, 177,4 km.
16 set: 20.ª etapa, Manzanares El Real – Guadarrama, 208,4 km.
17 set: 21.ª etapa, Hipódromo da Zarzuela – Madrid, 101 km.
Total: 3.153,8 km.