A terceira etapa da Volta a França do Futuro, um contrarrelógio por equipas de 26,5 quilómetros, hoje disputada entre Vatan e Issoudun, era a jornada previsivelmente mais difícil para Portugal, que cumpriu o objetivo de limitar as perdas para as outras seleções com ambição de lutar pelo top 10 da geral final.
O sexteto português, ainda limitado pelas quedas do primeiro dia, cumpriu o crontrarrelógio em 30m08s, o que valeu a 19.ª posição entre 27 equipas. Mais importante do que o lugar na etapa foi o registo de tempo.
Portugal limitou as perdas para a maior parte dos adversários diretos a pouco mais de um minuto, o que ficou dentro do objetivo estabelecido. “Sabíamos que iríamos perder tempo numa disciplina que é muito difícil para as caraterísticas dos nossos corredores. No entanto, limitar as perdas a menos de dois minutos é positivo, porque as etapas em falta, sobretudo as de alta montanha, permitem ganhar e perder muito mais do que isso. Saímos animados desta etapa”, resume o selecionador nacional, José Poeira.
Houve duas seleções que, com tempos muito melhores do que as restantes, ganharam bastante com o exercício coletivo desta terça-feira. Foram a Dinamarca, que venceu a etapa, com 28m13s, e a França, segunda classificada, com 28m26s. Desta forma, os nórdicos e os gauleses conseguiram deixar os respetivos chefes-de-fila, Simon Dalby e Antoine Huby, em vantagem na luta pela camisola amarela final.
Após esta terceira etapa, a classificação geral mudou completamente de figurino. O novo comandante é o dinamarquês Carl-Frederik Bevort, com o mesmo tempo do compatriota Simon Dalby, segundo classificado. O terceiro, a 7 segundos, é o francês Pierre Thierry. Gonçalo Tavares, 51.º, António Morgado, 52.º, e Alexandre Montez, 53.º, todos a 1m55s, são os melhores portugueses na geral. Seguem-se Lucas Lopes, 73.º, a 2m39s, Diogo Gonçalves, 116.º, a 7m34s, e José Bicho, 140.º, a 14m25s.
A Volta a França do Futuro continua nesta quarta-feira. A quarta etapa começa em Aigurande, estende-se por 150,1 quilómetros e termina em Evaux-les-Bains. O percurso é maioritariamente plano, mas a fase final disputa-se num circuito ondulado, com a meta instalada num topo de grande inclinação.