Magnus Cort (EF Education-Easy Post) venceu ao sprint a terceira etapa da Volta ao Algarve, a segunda consecutiva, e reforçou a liderança da geral individual na chegada a Tavira.
Cort, de 30 anos, cumpriu os 203,1 quilómetros entre Faro e Tavira em 05:05.14 horas, batendo sobre a meta o italiano Filippo Ganna (INEOS), segundo, e o belga Jordi Meeus (BORA-hansgrohe), terceiro, com Rui Oliveira (UAE Emirates) em sexto e Rui Costa (Intermarché-Wanty-Circus) em sétimo.
Na geral, o dinamarquês tem agora 18 segundos de vantagem para Rui Costa, que é segundo, e 20 para o belga Ilan Van Wilder (Soudal-QuickStep), terceiro.
Declarações após a terceira etapa da 49.ª edição da Volta ao Algarve:
– Magnus Cort, Din, EF Education-EasyPost (vencedor da etapa e líder da geral individual): “Na realidade, não estava nada à espera. A ideia era passar a etapa de forma mais confortável possível e nem sequer disputar o sprint. O plano era mantermos a fuga controlada e, depois, tivemos a ideia de disputar o sprint intermédio e ver se conseguia alguns segundos de bonificação para a classificação [geral]. Por isso, trabalhámos para anular a fuga.
Foi um sprint [intermédio] difícil, no empedrado. De repente, formou-se um pequeno grupo, com algum espaço. Não pensei nisso [em continuar], mas, especialmente os homens da INEOS, e o [Tobias] Foss passaram por mim de imediato e disseram-me ‘segue, segue, vamos lá’. Imediatamente, aceitei continuar ao ataque com aqueles tipos. Foi um grande grupo com o qual percorrer os últimos 25 quilómetros, foi como o contrarrelógio por equipas perfeito”.
– Rui Costa, Por, Intermarché-Circus-Wanty (sétimo na etapa e segundo na geral individual): “Depois do sprint bonificado, o [Filippo] Ganna teve a iniciativa de continuar e daí termos ficado um grupo bastante interessante. Fizemos o nosso melhor, foi pena realmente não ter dado para chegar isolados.
Não consegui fazer melhor do que o sétimo lugar aqui no final, foi pena não ter bonificado. Mas, no sprint intermédio, ganhei dois segundos, o que também é interessante.
Creio que até ao último dia tudo está em aberto.
O balanço é positivo por ter bonificado na meta volante do dia. Daí ter-se isolado um grupo bastante interessante, com o líder da corrida e tudo. Foi pena não ter dado para chegar, porque estávamos todos muito bem fisicamente. Foram muito rápidos estes últimos 20 quilómetros”.
– João Almeida, Por, UAE Emirates (10.º na geral individual): “Não estava à espera [do ataque dos seis], por acaso vi, estava bem colocado, mas faz parte da corrida”.
– António Ferreira, Por, Kelly-Simoldes-UDO (líder da classificação da montanha): “Hoje, o objetivo passava por tentar recuperar um bocado das etapas anteriores, estando atento para ver se os restantes atletas que têm pontos [na classificação da montanha] integravam a fuga. Não integraram, por isso, foi um dia em que o objetivo era recuperar.
[No sábado, fuga até ao Malhão] se conseguir, claro. É esse o plano”.
No sábado, a quarta e penúltima etapa da 49.ª edição liga Albufeira ao alto do Malhão em 177,9 quilómetros, antes do contrarrelógio decisivo de domingo, em Lagoa.