Magnus Cort (EF Education-Easy Post) ganhou hoje a terceira etapa da Volta ao Algarve, uma ligação de 203,1 quilómetros, entre Faro e Tavira.
A segunda vitória de etapa consecutiva permitiu ao corredor nórdico reforçar o comando da classificação geral, dispondo agora de 18 segundos de vantagem sobre o adversário mais próximo, Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty).
Com o regresso das bonificações, os seis segundos a atribuir ao vencedor da Meta Volante Crédito Agrícola, instalada em Vila Real de Santo António, a 24,6 quilómetros da chegada, tornou-se demasiado tentadora para que o pelotão deixasse singrar a fuga de seis corredores, que atacaram praticamente de partida: Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense), Daniel Viegas (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Aleksandr Grigorev (Efapel Cycling), Fábio Costa (Glassdrive-Q8-Anicolor), Guillermo García (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e Gonçalo Amado (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua).
Fábio Costa ainda tentou adiar o inevitável e procurou seguir em solitário, o que lhe valeu ser alcançado a 33 quilómetros da meta e, mais importante, a conquista do prémio da combatividade, uma escolha dos adeptos em votação online. A aproximação à meta volante de Vila Real de Santo António ditou um acelerar do ritmo e levou a uma disputa acesa pelas bonificações. Magnus Cort ganhou o sprint intermédio, seguido de Rui Costa e de Thomas Pidcock (INEOS Grenadiers).
A aceleração para a meta volante deixou seis homens, com aspirações à geral na frente da corrida: Magnus Cort, Rui Costa, Thomas Pidcock e Filippo Ganna (INEOS Grenadiers), Valentin Madouas (Groupama-FDJ) e Tobias Foss (Jumbo-Visma).
O pelotão, obrigado a trabalhos forçados, conseguiu “colar” ao grupo de fugitivos na viragem para a meta, a 300 metros do fim. Nesse momento, Magnus Cort, que comandava os escapados, lançou um sprint de longe para a chegada. Apercebendo-se do perigo, Filippo Ganna foi rápido a responder. Atrás movimentaram-se os sprinters.
Na meta, perante um banho de multidão, Magnus Cort garantiu a segunda vitória consecutiva, ao fim de 5h05m14s, imediatamente seguido por Filippo Ganna e por Jordi Meeus (BORA-hansgrohe).
Com as bonificações, Magnus Cort solidificou a posse da Camisola Amarela Turismo do Algarve. Dispõe agora de 18 segundos de vantagem sobre Rui Costa e de 20 segundos à melhor para Ilan van Wilder (Soudal Quick-Step). O dinamarquês passou também a vestir a Camisola Verde Crédito Agrícola.
“Não estava nada à espera, nem foi nada planeado. Na verdade, a ideia era passar a etapa de forma mais confortável possível e nem sequer disputar o sprint. Decidimos disputar o sprint intermédio, a ideia era bonificar alguns segundos para a classificação geral. Na parte final da etapa anulámos a fuga antes do sprint. Foi um esforço duro, sobre o empedrado, e subitamente conquistámos uma ligeira vantagem. Não tinha a intenção de continuar o esforço, mas os homens da INEOS e o Tobias Foss passaram por mim e desafiaram-me, “vamos lá” e aproveitei a oportunidade. Reunimos um excelente grupo na frente e rodámos os últimos 25 quilómetros num contrarelógio por equipas perfeito”, descreveu Magnus Cort.
António Ferreira (Kelly-Simoldes-UDO) conserva a Camisola Azul Cyclin’Portugal, de melhor trepador, desde o primeiro dia. A Camisola Branca IPDJ pertenceu a Frederik Wandahl (BORA-hansgrohe) e a EF Education-EasyPost acumula a geral individual com a coletiva.
Para a quarta etapa, a disputar neste sábado, adivinham-se emoções fortes. O pelotão vai partir da Marina de Albufeira, às 11h20, prevendo-se que chegue ao alto do Malhão, contagem de montanha de segunda categoria, às 15h45. Será uma viagem com quatro prémios de montanha, incluindo duas subidas ao Malhão. Os trepadores terão de endurecer a corrida para garantir alguma margem sobre os contrarrelogistas, que disporão do exercício individual de domingo para corrigir as contas das classificação geral.