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Geoffrey Soupe (TotalEnergies), ‘perfeito desconhecido’ que só tinha vencido corridas no Gabão, impôs-se hoje ao sprint na sétima etapa da Vuelta a España, com Lenny Martinez (Groupama-FDJ) descansado na liderança da geral.

Geoffrey Soupe vence sétima etapa da Vuelta
photo Rafa Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Soupe impôs-se nos 200,8 quilómetros entre Utiel e Oliva, concluídos ao cabo de 04:56.29 horas, batendo sobre a meta o venezuelano Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA), segundo, e o belga Edward Theuns (Lidl-Trek), terceiro.

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Nos primeiros postos da geral, que irão mudar nas etapas de montanha do fim de semana, hoje pouco se alterou e Martinez segue como mais jovem líder de sempre da Vuelta, com oito segundos de vantagem para o norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma), segundo, e 51 segundos para o espanhol Marc Soler (UAE Emirates), terceiro.

Geoffrey Soupe vence sétima etapa da VueltaNum dia de ‘cicloturismo’, com pouquíssima ação e movimentações e um pelotão apostado em descansar e fazer desta uma jornada de transição para a dureza de sábado e domingo, foi uma surpresa a que se revelou em Oliva.

Soupe, de 35 anos, estreou-se em vitórias no circuito profissional em 2011, na La Tropicale Amissa Bongo, no Gabão, e foi aí que conseguiu as outras duas, uma dúzia de anos depois.

Começou esta época de 2023 em terras gabonesas e desta vez arrebatou a geral, mas esta é, de muito longe, a maior glória da já longa carreira.

De resto, deu à formação francesa do segundo escalão uma importante vitória na última das três grandes Voltas, normalmente dominadas de fio a pavio pelas equipas WorldTour.

Geoffrey Soupe vence sétima etapa da Vuelta
photo Rafa Gomez/SprintCyclingAgency©2023

“É incrível para mim e para a equipa, e ainda mais porque não era suposto eu correr a Vuelta este ano. O Alexis Vuillermoz teve uma queda no Tour de l’Ain, então a equipa escolheu-me”, contou o vencedor, pouco depois do sprint triunfal.

Segundo Soupe, “vencer uma etapa não parecia possível”, sobretudo ao sprint, “que tem sido realmente muito rápido”.

“Hoje, foi um final muito nervoso, com muitas rotundas e vento mesmo na chegada. Venci um sprint de uma grande Volta. É sempre especial, mas também é uma surpresa”, garantiu.

Os favoritos puderam hoje ‘respirar fundo’, mesmo que Sepp Kuss tenha caído, num acidente que forçou o neerlandês Thymen Arensman (INEOS) a abandonar, com o norte-americano a recuperar posição pouco depois.

O melhor português na etapa foi Nelson Oliveira (Movistar), no 22.º posto, e quase todos chegaram com o mesmo tempo do vencedor. João Almeida (UAE Emirates) segue em 16.º da geral, a 3.17 minutos da camisola vermelha.

Oliveira é 53.º, Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) é 68.º, André Carvalho (Cofidis) subiu a 145.º e Rui Oliveira (UAE Emirates) está no 151.º posto.

No sábado, a oitava etapa liga Dénia a Xorret de Catí em 165 quilómetros, com cinco contagens de montanha.

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