Sonny Colbrelli (Bahrain-Victorius) venceu o Paris-Roubaix, na sua primeira participação, impondo-se ao ‘sprint’ ao belga Florian Vermeersch (Lotto Soudal) e ao holandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix).
O campeão da Europa de fundo concluiu os 257,7 quilómetros da prova em 06:01.57 horas, o mesmo tempo dos seus companheiros de fuga e menos 44 segundos do que o seu compatriota Gianni Moscon (INEOS), que liderou isolado o ‘inferno do norte’ até sofrer um furo e duas quedas.
“Estou muito feliz. Foi um Roubaix lendário hoje, com chuva desde o início. Para a corrida, concentrei-me em van der Poel, mas Vermeersch quase nos surpreendeu. A 20 ou 25 metros da linha de chegada consegui passar. Este é o meu ano e esta foi a corrida dos meus sonhos”, disse o transalpino.
O triunfo de Sonny Colbrelli é o 12.º de um italiano e o primeiro desde 1999, quando se sagrou vencedor Andrea Tafi.
Numa 118.ª edição disputada sob chuva, a lama endureceu o percurso, Moscon destacou-se do pelotão a 50 quilómetros da chegada ao velódromo de Roubaix.
Apesar de ter sofrido um furo, que o obrigou a mudar de bicicleta, e um par de quedas, Moscon chegou a dispor de mais de um minuto de vantagem, mas foi alcançado a 14 quilómetros do fim, por Colbrelli, Vermeersch e Van der Poel.
Este trio chegou junto e disputou o triunfo – e a sucessão ao belga Philippe Gilbert, vencedor em 2019 da prova, que foi cancelada no ano passado devido à pandemia de covid-19.
Vermeersch tentou a sorte a pouco mais de três quilómetros da chegada, mas, só no circuito, Colbrelli assegurou a vitória ao ‘sprint’, a 34.ª da carreira e a oitava em 2021, quando conquistou o título europeu e a Volta ao Benelux.
Antes de Colbrelli, apenas o alemão Josef Fischer, em 1896, na edição inaugural, e o francês Jean Forestier, em 1955, conseguiram vencer a ‘rainha das clássicas’ na primeira participação.
André Carvalho (Cofidis) e Rui Oliveira (UAE–Emirates) foram os portugueses em prova, mas integraram um vasto lote de ciclistas que não a concluíram.