No próximo domingo, 5, a cidade do Peso da Régua acolhe a 9.ª edição do Love Tiles Douro Granfondo, onde são esperados mais de 2000 participantes.
Sob o lema da paz – mote escolhido pela organização para evocar os conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, este é o maior evento desportivo do género realizado em Portugal e tem partida marcada para as 9h00, na Avenida do Douro.
Proposto com três distâncias – 58, 99 e 149 km –, o Love Tiles Douro Granfondo estende-se aos municípios do Peso da Régua, Lamego, Armamar, Tabuaço, S. João da Pesqueira, Carrazeda de Ansiães, Alijó e Sabrosa, sempre na companhia de algumas das mais belas e serenas paisagens durienses. Para além de Vila Real e Viseu, a distância “rainha” alcançará também o distrito de Bragança quando cruzar o rio Tua, depois da passagem dos ciclistas por Alijó.
Numa mensagem de boas-vindas dirigida aos participantes, o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) refere que “aliar a actividade física a paisagens deslumbrantes é uma ligação poderosa, que pode e deve inspirar todos à reflexão da necessidade premente de tornar o país mais activo fisicamente”. Vítor Pataco perspectiva um “extraordinário dia de convívio e saudável competição” e sublinha que “o sucesso deste tipo de organizações mede-se precisamente pela necessidade de repetir edições como resposta à satisfação de quem participa nestes eventos”.
De resto, dada a sua pontuação extra, o Love Tiles Douro Granfondo reveste-se de importância especial para os candidatos a vencer a maior competição de ciclismo amador de Portugal. O troféu Superprestígio Bikeservice é composto por 7 provas, disputa-se entre Março e Outubro, e vestirá de amarelo os melhores atletas de cada distância a concurso.
Quando estão disputadas duas provas, a liderança do troféu Superprestígio pertence a David Mayo (Love Tiles) e Daniela Pereira (Brinox), no granfondo; Gonçalo Filipe (Penacova) e Marlene Seara (Brinox), no mediofondo; e Fábio Abreu (Proteu) e Mónica Hernández (ind.), no minifondo.
Será a partir do Peso da Régua que os participantes embarcarão nesta inigualável experiência de pedalar por entre os socalcos da maior mancha de vinha de encosta do mundo. Os primeiros quilómetros abraçam o rio Douro, seguindo a emblemática “nacional 222”.
À foz do Távora, o minifondo toma a direcção de Tabuaço. É a única ascensão num trajecto de 58 km que os participantes vão ter de cumprir, mas esta escalada terá 11.000 metros, com uma pendente média de 4,5% – aproxima-se dos 8% à passagem pelo 9.º quilómetro. As passagens por Barcos e Adorigo já se farão a descer a bom ritmo, para de seguida retomar a EN 222 rumo ao Peso da Régua.
Mediofondo e granfondo seguem juntos até ao Pinhão, centro nevrálgico da mais nobre das zonas para a produção de vinho do Porto. A afamada Quinta do Bomfim mostrar-se-á à beira-rio enquanto que os participantes preparam a subida à vila de Sabrosa. Seguir-se-ão 10 km para recuperar as pernas antes de nova ascensão, desta feita a Cheires, freguesia de Santa Maria de Sanfins do Douro. As duas elevações somam 17 km com uma inclinação média de 5%.
Lá no alto de Cheires, estarão cumpridos 55 km e, até Favaios, as duas distâncias continuarão a partilhar o mesmo trajecto. Na “capital” do vinho moscatel, o mediofondo lança-se novamente em direcção ao Pinhão. Até alcançar o Peso da Régua, os 44 km que faltarão cumprir são feitos a descer, numa primeira fase, e em plano, desde o Pinhão à chegada.
Para completarem os 149 km que lhes estão destinados, os participantes do granfondo prosseguem o itinerário, sempre a bom ritmo, com destino a Alijó, São Mamede de Riba Tua e, daqui, até à barragem de Foz-Tua. Já no distrito de Bragança, o duro serpenteio de Ribalonga é o caminho para se alcançar o alto de Parambos. Até lá, contar-se-ão 9,5 km com 5,3% de desnível, muito embora o 6.º quilómetro ultrapasse os 10%.
A escalada até S. João da Pesqueira (8,5 km) será mais fácil, mas nessa altura já estarão percorridos 96 km. O início da ascensão é antecedido de uma longa descida até ao deslumbrante Cachão da Valeira, onde os participantes, sob o ‘olhar’ de São Salvador do Mundo, transpõem de novo o Douro pela barragem com o mesmo nome daquela garganta rochosa.
Já em pleno coração da Região Demarcada do Douro, a passagem pelo interior da Quinta do Cadão – local de abastecimento – antecipa a extraordinária descida até à foz do rio Torto. Aqui chegados, os participantes manter-se-ão na EN 222 até alcançarem de novo a cidade da Régua.