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Lucas Lopes confirmou uma Volta a França do Futuro em crescendo, sendo o melhor elemento da Seleção Nacional na última etapa, uma dura ligação de alta montanha, 99,6 quilómetros entre Val Cenis Termignon e Sainte-Foy-Tarentaise. O mexicano Isaac del Toro conquistou a camisola amarela final e António Morgado foi o melhor português na geral.

Lucas Lopes melhor português na etapa, António Morgado primeiro da Seleção na geral da Volta a França do FuturoA última etapa foi muito atacada desde o início, tornando o ritmo forte e intenso, o que veio a juntar-se ao tempo frio e ao terreno de alta montanha para uma jornada épica. Os primeiros ataques foram desferidos por corredores que chegaram a esta prova como favoritos, mas que falharam na geral. Ou seja, corredores que não colocavam em causa a camisola amarela, vestida à partida pelo estadunidense Matthew Riccitello.

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Só que essas movimentações, não colocando em causa diretamente a geral, endureceram de tal maneira a etapa que o que restava do pelotão explodiu quando o segundo da geral, Isaac del Toro, atacou com cerca de metade da etapa disputada. Matthew Riccitello não teve capacidade de resposta e começou ali a desenhar-se a reviravolta classificativa.

Mexicanos e italianos entenderam-se na dianteira, com o transalpino Giulio Pellizzari a vencer a tirada, enquanto segundo posto de Isaac del Toro viria a revelar-se suficiente para que o mexicano conquistasse a geral individual.

António Morgado e Lucas Lopes foram os portugueses que resistiram durante mais tempo no grupo dos principais candidatos. Só que António Morgado foi obrigado a mudar de bicicleta, devido a avaria, o que o fez perder o contacto e atrasar-se irremediavelmente. Lucas Lopes persistiu e acabou por ser o primeiro português a cortar a meta, na 30.ª posição, a 7m00s do vencedor. Alexandre Montez foi 55.º, a 12m30s, dois lugares e 3 segundos mais rápido do que António Morgado. A representação nacional fechou com Gonçalo Tavares, 78.º, a 18m42s, José Bicho, 91.º, a 23m16s, e Diogo Gonçalves, 101.º, a 25m00s.

A última etapa foi aziaga para Matthew Riccitello, que desceu da primeira à quarta posição na geral. Isaac del Toro foi, então, o vencedor, acompanhado no pódio por dois italianos, Giulio Pellizzari, a 1m13s, e Davide Piganzoli, a 1m42s. O percalço mecânico fez António Morgado perder quatro posições. Fechou a estreia na Volta a França do Futuro no 34.º lugar, a 34m38s. Toda a Seleção Nacional terminou a corrida: Lucas Lopes, 45.º, a 47m15s, Gonçalo Tavares, 49.º, a 48m47s, Alexandre Montez, 51.º, a 51m05s, Diogo Gonçalves, 101.º, a 1h29m50s, e José Bicho, 115.º, a 1h44m29s.

“Vendo a forma como a prova decorreu, seria irrealista, nesta fase, pensar em discutir a geral. No entanto, poderíamos ter feito um pouco melhor do que fizemos. Ninguém duvida do talento desta geração e estou certo de que regressaremos a esta competição com outra ambição, mas, sobretudo, com outra capacidade. A estreia destes corredores foi importante. Permitiu perceber o patamar em que se encontram e o trabalho a fazer para lutarem por outros objetivos”, analisa o selecionador nacional, José Poeira.

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