O ciclista britânico Chris Froome vai permanecer 48 horas nos cuidados intensivos, após a operação de quatro horas a que foi submetido na sequência da violenta queda de quarta-feira durante o Critério do Dauphiné.
“Foi submetido a uma cirurgia para reparar o fémur, a anca, o cotovelo, costelas partidas e um pequeno dano interno também. Ficará nos cuidados intensivos nos próximos dias e depois sairá”, disse Dave Brailsford, diretor da Ineos, no hospital de Saint Etienne, em França.
O corredor de 34 anos caiu na quarta-feira quando fazia o reconhecimento para o contrarrelógio da quarta etapa do Critério do Dauphiné, acidente que o afasta da Volta a França, que venceu por quatro vezes, e pode terminar a sua temporada.
“A operação foi longa, mas bem-sucedida. Está em boas mãos”, acrescentou o dirigente, referindo-se ao médico da equipa, Richard Usher, e à esposa Michelle.
Brailsford considera que é prematuro estabelecer uma data para o seu regresso à competição, uma vez que o importante é encarar o “dia a dia” na reabilitação, que se prevê longa.
“Primeiro é conseguir que estabilize da cirurgia e, depois, passar ao processo de recuperação”, insistiu.
O especialista em trauma desportivo, Rémi Philippot, prometeu uma “supervisão rigorosa” ao estado de evolução do atleta, garantindo que a queda não terá efeitos secundários na sua saúde.
“A uma velocidade estimada de 50 km/h, com proteções muito limitadas, sofreu um choque de alta energia, mas os seus ferimentos são apenas ao nível do sistema músculo-esquelético. A cabeça não bateu, pelo que não tem qualquer lesão neurológica”, garantiu.
Entre 2017 e 2018, Froome completou o ‘tri’ de Volta a França, Volta a Espanha e Volta a Itália, tornando-se o primeiro a conseguir o feito de vencer as três ‘grandes voltas’ consecutivas desde Hinault, em 1983.
Vencedor da Volta a França em 2013, 2015, 2016 e 2017, Froome vai falhar a 106.ª edição, na qual procurava suceder ao colega de equipa e compatriota Geraint Thomas.