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A W52-FC Porto e a SwiftCarbon ProCycling estão a postos para um clássico Portugal vs Inglaterra em bicicleta.

Apesar do adiamento de provas do calendário velocipédico em tudo o mundo, o espírito competitivo dos corredores não se extingue. Prova disso, a ascensão de popularidade do eRacing.

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Com saúde que se exige de ferro e capacidade de lidar com as circunstâncias da corrida, sejam elas quais forem, os ciclistas parecem estar a lidar bem com a quarentena dos seus países, pelo que se vê em algumas publicações nas redes sociais que mostram como escolhem manter o corpo e a mente ocupados neste período, alguns com abordagens muito pouco convencionais. Mas quando toca a corridas virtuais, fazem sentir que para eles ciclismo não é passatempo e mudam a ficha para o modo competição.

A SwiftCarbon apoia duas equipas do escalão Continental UCI: a W52-FC Porto e a SwiftCarbon Pro Cycling, baseadas em Portugal e no Reino Unido, respetivamente. Quando foi lançado este desafio, os corredores das duas equipas chegaram-se à frente. O Gestor de ativação de marca, Pedro Dias revela que “Quando surgiu a ideia, questionamo-nos se os corredores estariam interessados. Enviamos mensagem a ambas as equipas e a resposta recebemo-la quase de imediato, um redondo “sim!”. Assim, às 15h15 de segunda-feira, dia 30 de março, o Andy Tuner e o Alex Braybrooke da SwiftCarbon Pro Cycling defrontam o Francisco Campos e o Jorge Magalhães da W52-FC Porto.

Paul Lamb, o responsável da equipa SwiftCarbon Pro Cycling, mostrou-se muito receptivo a esta oportunidade para que os seus ciclistas se mantenham em forma e com uma ponta de ritmo competitivo. “Parece-me uma ótima ideia para ajudar os ciclistas de ambas as equipas a estar em boa forma e motivados enquanto atravessamos esta situação e este hiato competitivo.” Lamb sugeriu até que este desafio desse lugar a uma série de eventos, com diferentes distâncias e disciplinas. “Uma vez que haja interesse e vontade dos corredores em alinharem, estaria disposto a criar um programa completo de competições.”

Um dos directores da W52-FC Porto, o Pedro Duque, também ciclista, no seu (pouco) tempo livre diz que a ideia também lhe pareceu bastante apelativa. “Os corredores que terminaram há algumas semanas a Volta ao Algarve e até os ciclistas que estavam focados em provas mais para a frente no calendário estão em boa forma e esta é uma maneira engraçada de aplicar essa boa forma em algo competitivo!” Quando tentado a fazer um prognóstico, disse “Confio nas capacidades dos nossos ciclistas mas os ciclistas britânicos têm alguma experiência a mais no Zwift. Veremos!”, sorriu.

Algumas notícias relatam que mais ciclistas profissionais se têm batido na plataforma online e garantem que nem um pico de forma nem os dotes atléticos da nata do ciclismo são um dado adquirido de vitórias virtuais. Confinado ao treino em casa, o ciclista neozelandês da equipa Jumbo-Visma, George Bennett, admitiu que ainda anda na luta por um top10 numa corrida no Zwift. Poderá ser fruto de alguma manipulação de performance, obtida por usos de falsos dados biométricos de alguns utilizadores da plataforma, altamente condenada pelos verdadeiros amantes da plataforma.

Apesar disso, não deixa de ser divertido, e eficaz forma de treino, aplicar umas centenas de Watts nos pedais durante algumas horas por dia, discutindo corridas virtuais com outros ciclistas amadores e até profissionais, lado a lado.

Os ciclistas da equipa britânica estão, simultaneamente a competir em eventos semanais da federação britânica de ciclismo, os British Cycling Zwift Series. Esta semana, a corrida virtual deixou o Andy Turner caído em cima da bicicleta. “Foi muito dura! A pior parte é mesmo o sprint logo no início da corrida.” O Andy, ciclista profissional, foi o 26º em 500 corredores, o que nos diz que o nível é alto e que existem outros ciclistas prontos a soltar as pernas na sua forma primaveril neste mundo do eRacing. Nós definitavemente ficamos à espera de ver mais.

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