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João Almeida terminou hoje a Volta a França do Futuro na sétima posição, o segundo melhor resultado de sempre de um português na mais importante competição de sub-23 do Mundo, apenas superado pelo segundo lugar de Rui Costa em 2008.

A última e mais difícil etapa ligou Val d’Isère e Saint-Colomban-des-Villards, ao longo de 149,7 quilómetros de muita montanha, em plenos Alpes. A tirada foi palco para João Almeida colocar em prática as caraterísticas que o tornam um dos mais cobiçados sub-23 do pelotão internacional.

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O corredor português teve o sangue-frio e a inteligência de corrida para nunca ir ao choque nos momentos em que os candidatos à camisola amarela promoveram mais fortes acelerações, nas três montanhas e nos mais de três mil metros de acumulado de subida.

Em contrapartida, João Almeida recorreu ao espírito de sacrifício para fazer as subidas mais duras no seu próprio ritmo, o que lhe valeu o sétimo lugar na etapa, apenas a 7 segundos do vencedor do dia, o suíço Gino Mäder.

Este desempenho na jornada mais exigente levou João Almeida ao sétimo lugar da geral final, a 2m35s do vencedor, o esloveno Tadej Pogacar. É o segundo melhor resultado de sempre de um corredor português na Volta a França do Futuro, superando a oitava posição de Joaquim Silva, em 2014, atrás do segundo lugar de Rui Costa, conquistado há dez anos.

Inicialmente, João Almeida foi dado como sexto classificado, mas foi alvo de uma penalização de 20 segundos por receber abastecimento fora da área permitida. “É uma grande injustiça e uma falta de respeito pelo trabalho do corredor. O João vinha a fazer um esforço imenso para se manter no grupo da frente. Há dezenas de quilómetros que não podíamos passar para a frente para lhe dar água. Só conseguimos chegar junto do corredor no sopé da última montanha. Ainda faltava quase meia hora de subida. Era impensável fazer o resto da etapa sem água. Penso que deveria haver outra compreensão, tendo em conta as condições em que a prova estava a desenrolar-se”, considera o selecionador nacional, José Poeira.

Apesar da penalização, que fez João Almeida perder uma posição, o balanço final é extremamente positivo. “A equipa esteve bem ao longo de toda a corrida. Nas etapas a rolar, discutimos os primeiros lugares. No contrarrelógio por equipas, defendemo-nos bem. Na montanha, fomos subindo, diariamente, na geral. Hoje toda a equipa fez um excelente trabalho para colocar bem o João Almeida, de forma a que ele entrasse bem colocado na montanha. Estão todos de parabéns”, conclui José Poeira.

Feitas as contas, o esloveno Tadej Pocagar ganhou a Volta a França do Futuro, com 1m28s de vantagem sobre o holandês Thymen Arensman e com 1m35s sobre Gino Mäder, segundo e terceiro, respetivamente.

João Almeida foi o melhor português, no sétimo lugar, a 2m35s. Marcelo Salvador foi o 46.º, a 30m59s, Tiago Antunes foi 61.º, 37m57s, Rui Oliveira foi 87.º, a 49m34s, André Ramalho 96.º, a 56m18s, e Ivo Oliveira 108.º, a 1h10m10s.

Rui Oliveira finalizou no terceiro lugar da classificação por pontos. A Equipa Portugal fechou a corrida no 13.º lugar coletivo, entre 26 equipas participantes.

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