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Chris Froome e Nairo Quintana, dois dos principais favoritos, começaram mal a Volta a França em bicicleta, com problemas perto do final da primeira etapa a custarem-lhes já atrasos de cerca de um minuto.

A ligação entre Noirmoutier-En-L’Île e Fontenay-Le-Comte, de 201 quilómetros, foi corrida a um ritmo frenético e permitiu ao colombiano Fernando Gaviria, principal ‘sprinter’ QuickStep-Floors, estrear-se a ganhar no Tour, o que lhe dará a honra de partir para a estrada de amarelo, no domingo.

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Froome, o britânico que lidera a Sky, esteve envolvido numa queda, já nos últimos seis quilómetros, e teve de se resignar a entrar num segundo grupo, a 51 segundos de Gaviria.

“Estou contente por não ter ficado ferido. Faz parte do jogo, infelizmente, todos querem no final da etapa estar no primeiro terço do pelotão”, comentou Froome, com alguns ‘arranhões’ no joelho e no cotovelo e a camisola rasgada.

“Ficou caótico, com vários sprinters, mas é ciclismo. Ainda há muito para correr”, acrescentou o ciclista que na semana passada foi ilibado de um processo por dopagem e autorizado à última hora a competir em França.

No grupo de Froome entraram outros chefes de fila, como o australiano Richie Porte (BMC) e o britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott).

As coisas correram ainda pior para o colombiano da Movistar, que furou a 3,3 quilómetros do fim e teve de ceder 1.15 minutos para os primeiros.

Indiferentes à sorte dos que ficaram para trás, os terminadores avançaram para a meta conscientes de que a vitória valia a amarela – este ano não houve prólogo – e aí o jovem colombiano, de 23 anos, mostrou que está em grande forma, remetendo o eslovaco Peter Sagan (Bora-hansgrohe) e o alemão Marcel Kittel (Katusha-Alpecin) para os outros lugares de pódio.

A etapa, que Gaviria cumpriu em 4:23.32 horas, não parecia ser propícia a diferenças tão grandes, mas certo é que Froome terá de recuperar desde já quase um minuto para o holandês Tom Dumoulin (Sunweb), que entrou no primeiro pelotão, de sessenta unidades.

Depois de anuladas as fugas que animaram parte da tirada, a QuickStep-Floors e a Dimension Data (do britânico Marc Cavendish) alongaram o pelotão, já a pensar no ‘sprint’ final. Foi já nesse ritmo ‘infernal’ que Froome e outros caíram, produzindo-se um corte no grupo.

O polaco Michel Kwiatkowski foi inexcedível a ‘rebocar’ Froome, mas só deu para minimizar os estragos e o ciclista que já venceu por quatro vezes a prova não conseguiu mais que o 91.º posto de hoje.

Sorte diferente, para pior, teve Quintana. Não esteve na queda mas um pouco mais à frente furou e cedeu 1.15. “Assim são as coisas, consola-me que o Froome também tenha perdido tempo. Agora, há que recuperar”.

No domingo, a etapa é plana, com 182,5 quilómetros entre Mouilleron-Saint-Germain e La Roche-Sur-Yon.

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