Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep) deu à Irlanda a segunda vitória consecutiva em etapas da Volta a Espanha, na quarta tirada, a primeira a ser ‘tranquila’ para os candidatos ao triunfo final.
Bennett, que este ano venceu duas etapas e a classificação por pontos na Volta a França, triunfou na primeira chegada ao ‘sprint’, cumprindo os 191,7 quilómetros entre Garray e Ejea de los Caballeros em 3:53.29 horas, e batendo sobre a meta o belga Jasper Philipsen (UAE Emirates), segundo, e o italiano Jakub Marezcko (CCC), terceiro.
O dia não produziu alterações aos primeiros lugares da geral, que mantém Primoz Roglic (Jumbo-Visma), vencedor em 2019, na camisola vermelha de líder, com cinco segundos de vantagem para o irlandês Dan Martin (Israel Start-Up Nation), segundo, e 13 para o equatoriano Richard Carapaz (INEOS), terceiro.
No sábado, a quinta etapa regressa à montanha com 184,4 quilómetros entre Huesca e Sabiñanigo, com três contagens de montanha, duas de segunda e uma de terceira categoria.
Depois de três jornadas com chegada em alto, que foram selecionando os principais candidatos à vitória final, deixando muitos já ‘arredados’ dessa discussão, o dia dos ‘sprinters’ chegou.
Apanhada a fuga, a ‘guerra’ de posicionamento começou na aproximação a Ejea de los Caballeros, com a UAE Emirates, de Rui Costa, Ivo Oliveira e Rui Oliveira a preparar Philipsen.
Na reta, Rui Oliveira foi o último lançador do belga e deixou-o na frente, e bem posicionado, a 200 metros da linha de meta, mas o jovem velocista acabou por ser batido por um Bennett em grande forma esta temporada.
Um dia depois da vitória de Dan Martin, segundo na geral, o ‘sprinter’ prolongou a marca da Irlanda na Vuelta e somou uma terceira vitória nesta prova, depois de duas em 2019.
Em grandes Voltas, o ciclista Deceuninck-QuickStep soma agora oito, com duas em França, este ano, e outras três em Itália, em 2018, conseguindo a sétima vitória do ano.
“A equipa fez um trabalho perfeito, tornou-se unida quando era preciso, ainda mais do que tinha pedido. Só precisava de alguns dos meus colegas, mas toda a equipa trabalhou. Fizeram um trabalho fantástico”, destacou o irlandês.
Bennett analisou ainda o “salto” de Philipsen, explicando que não achava que o pudesse apanhar. “Mas no fim comecei a ganhar mais e mais velocidade, e, quando cortei a meta, ainda estava em aceleração”, atirou.
Rui Oliveira foi o melhor luso na etapa, em 17.º, com o irmão, Ivo, em 59.º, e Ricardo Vilela (Burgos-BH) em 95.º, todos com o mesmo tempo do vencedor. Rui Costa (UAE Emirates) cedeu 42 segundos e Nelson Oliveira (Movistar) foi 154.º, a 2.06 minutos.