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Ruben Guerreiro considerou que fazer pódio no Gran Camiño é “bastante bom”, mostrando-se contente pelo rendimento alcançado no contrarrelógio da última etapa, que permitiu a Joaquim Silva entrar no ‘top 10’ da prova galega de ciclismo.

Ruben Guerreiro salvou o pódio na festa de Jonas Vingegaard
Photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

“Conseguimos fazer pódio nesta corrida, o que é bastante bom, porque depois da [Volta à] Arábia Saudita não me encontrava bem. Estou contente pelo rendimento e pelo resultado”.

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O ciclista português da Movistar foi ultrapassado por Jesús Herrada (Cofidis) na geral, depois de ser apenas 21.º no ‘crono’, a 01.55 minutos de Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), mas conseguiu salvar o pódio.

Ruben Guerreiro salvou o pódio na festa de Jonas Vingegaard gran
📸 @tdwsport / @gettysport

“O contrarrelógio não me favorece. É um exercício diferente das minhas características. Acho que melhorei em relação ao ano passado. Claro que para o Vingegaard há uma grande diferença, porque ele é especialista, mas ainda tenho margem para progredir”, defendeu.

Mal cruzou a meta, Guerreiro preocupou-se em encontrar um telemóvel para ver as classificações da etapa, fazendo contas de cabeça para perceber se tinha conseguido manter-se no pódio, perante a aproximação de Atilla Valter (Jumbo-Visma), que acabou em quarto, a cinco segundos do ciclista de Pegões Velhos (Montijo).

“O Herrada também fez um excelente contrarrelógio, fiquei a pouco tempo dele. Fiquei à frente do Atilla [Valter], que é um excelente corredor e bom contrarrelogista. Isso é bom. Fiz quase [nos] 20 primeiros no contrarrelógio. Creio que o resultado é positivo, tendo em conta o meu desempenho nos anos anteriores”, sustentou.

Na aproximação à Catedral de Santiago de Compostela, ponto final do contrarrelógio de 18,1 quilómetros, o recente vencedor da Volta à Arábia Saudita ficou à vista de Vingegaard, parecendo iminente a ultrapassagem, uma possibilidade que nunca chegou a acontecer e da qual o português nunca foi informado.

“Não, não. Não me interessava, estava a fazer o meu esforço. Estava realmente concentrado em mim, em chegar o mais rápido possível à meta, isso foi o mais importante. Se soubesse, não me influenciava em nada, porque aqui eu estava realmente era concentrado no meu esforço. Nos últimos topos, estava a encontrar-me relativamente bem outra vez e consegui chegar primeiro que ele”, disse, a rir-se.

O ‘rei’ da montanha do Giro2020 finalizou o Gran Camiño a 02.48 minutos do vigente campeão do Tour, com Herrada a ser segundo, a 02.31, numa geral em que Joaquim Silva foi nono.

“[Estou] Bastante satisfeito. Depois do Algarve, a condição física cada vez é melhor, e deu para estar na frente”, congratulou-se o ciclista da Efapel, que saltou quatro posições na geral graças à excelente prestação no contrarrelógio final.

Silva reconheceu que “a parte inicial” do ‘crono’ o favorecia “bastante, porque não era muito técnica e havia muitas zonas em que tem de se debitar muitos watts”.

“Na subida, que era onde estava o ponto de cronometragem, vinha a voar mesmo, daí o meu bom tempo naquela parte [ponto intermédio]. Agora, aqui, naquelas curvas, penso que perdi um pouco, mas também já vinha um bocado sem gás. Se calhar, abusei nessa parte e depois faltou-me um bocadinho de gás para a parte final”, avaliou.

‘Quim’ sai satisfeito da segunda edição da prova galega, embora sinta que na terceira etapa, na subida ao Castelo de Rubiá, acabou por ser prejudicado por ter entrado “muito atrás”.

“Entrei para aí no lugar 50. Quando entrei, já ia deslocado, fiz um autentico crono até lá acima, passei muita gente. Ficam as boas sensações desta corrida”, concluiu o melhor representante das quatro equipas portuguesas presentes no Gran Camiño.

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