Um problema no rádio forçou João Almeida (Deceuninck-Quick Step), líder do Giro d’Italia, a parar, momento em que foi abalroado por outro ciclista, num ‘susto’ que não lhe trouxe consequências.
“Tive um problema no rádio e parei, e foi aí que um ciclista foi contra mim. Mas estou bem, espero que não tenha consequências”, explicou o português, de 22 anos, aos jornalistas, após a sexta etapa, ganha pelo francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ).
Almeida, que segurou a camisola rosa conquistada na segunda-feira, explicou que a experiência de liderar o Giro faz com que seja “tudo diferente”, num ano em que se estreia em grandes Voltas e no pelotão WorldTour.
Nesta “grande corrida”, explicou, espera aprender e tem consigo “uma equipa muito forte, a dar tudo”, razão pela qual quer continuar na frente, mesmo que não coloque nenhum objetivo de posição final.
“Vou segurar a camisola pelo menos mais uns dias e está na minha cabeça [conseguir chegar à última semana na liderança], mas quero ir dia a dia”, atirou.
Questionado pelos jornalistas sobre possíveis mudanças na última semana, na qual a alta montanha está ‘ameaçada’ pela possibilidade de neve e mau tempo nos topos, podendo levar a alterações ao traçado, o ciclista das Caldas da Rainha partilhou as dúvidas sobre a manutenção do plano inicial, mas admitiu que lhe agradaria disputar essas etapas como estão.
“Não sei se vamos fazer todas por causa da neve, mas conheço [as subidas] muito bem, já lá andei. Espero que não mudem, gosto mesmo de as fazer, estou muito entusiasmado”, comentou.
Quanto à sétima etapa, na sexta-feira, de traçado plano e destinada a ‘sprinters’, o líder da Deceuninck-Quick Step admitiu que esta pode ser uma tirada para o velocista colombiano Álvaro Hodeg, um colega de equipa que até aqui teve poucas oportunidades.
“Está muito forte, mas não surgiu uma etapa para um ‘sprinter’ puro como ele. Amanhã [sexta-feira] é possível, mesmo havendo vento”, considerou.