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Principais figuras da Volta a Portugal em bicicleta, cuja edição especial se disputa entre domingo e 05 de outubro, num total de 1.183,9 quilómetros, de Fafe a Lisboa.

João Rodrigues, Por (W52-FC Porto, Por): Uma queda no Troféu Joaquim Agostinho ‘assustou’ o algarvio, mas não deve ser impedimento suficiente para que a jovem revelação dos ‘dragões’ lute pela revalidação do título de campeão da Volta a Portugal.

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Aos 25 anos, Rodrigues será o líder de uma equipa recheada de estrelas, cabendo-lhe a missão de comprovar que o triunfo do ano passado, conseguido com uma exibição de força e atitude no contrarrelógio final, diante de milhares de adeptos ‘portistas’, não foi obra do acaso, mas sim um passo seguro de um talento que despontou na Volta ao Algarve de 2019, quando terminou no nono lugar de uma geral final preenchida por nomes do pelotão mundial, antes de vencer a Volta ao Alentejo.

Volta a Portugal adiada para data a definirCiclista completo, o farense não só venceu o ‘crono’ como foi o melhor na Torre, diante do seu colega Gustavo Veloso. Após longos meses de paragem, a pressão e a juventude podem ser os piores inimigos de Rodrigues, que poderá encontrar o seu principal adversário dentro da própria equipa – há muito que o diretor desportivo da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, demonstrou que aquilo que conta é a vitória final, independentemente de quem seja o protagonista da mesma.

Jóni Brandão, Por (Efapel): O triunfo tão desejado escapou-se-lhe no contrarrelógio final da edição do ano passado, com o sempre combativo ciclista da Efapel a despedir-se da amarela no último suspiro, depois de a vestir durante três dias.

Este ano, regressa com a confiança do recém-conquistado título de campeão nacional de rampa e de dois quintos lugares nas provas de fundo e contrarrelógio dos Nacionais, escudado por uma ‘superequipa’, que inclui António Carvalho e César Fonte, vindos dos adversários ‘portistas’, e os experientes Tiago Machado e Sérgio Paulinho, além do explosivo Luís Mendonça.

Aos 30 anos, o corredor português mais consistente das últimas edições quer, finalmente, melhorar os três segundos lugares alcançados na prova rainha do calendário nacional (2019, 2018 e 2015), corrida em que também já foi quarto (2014) e quinto (2016).

Amaro Antunes, Por Por (W52-FC Porto, Por): De perfil individualista, o algarvio deu nas vistas já este ano, com um 10.ª lugar na Volta ao Algarve, antes de a pandemia de covid-19 ter interrompido a temporada velocipédica.

Após dois anos lá fora, na CCC, e de ter participado na Volta a Itália de 2019, em que chegou a figurar entre o ‘top 10’ da geral, o ciclista de 29 anos regressou à casa mãe, a W52-FC Porto, para recordar os tempos áureos de 2017, quando foi segundo na Volta a Portugal e venceu a classificação da montanha.

Trepador com créditos confirmados, o vencedor do Tour de Malopolska (2018) ou do Troféu Joaquim Agostinho (2017) é o grande candidato a plano B dos ‘dragões’, caso João Rodrigues fracasse na demanda pela segunda amarela.

Vicente García de Mateos, Esp (Aviludo-Louletano, Por): A medalha de bronze conquistada há um mês na prova de fundo dos Campeonatos Nacionais de Espanha é um bom prenúncio de que o espanhol está de volta para completar aquilo que uma virose o impediu de fazer no ano passado: lutar pelo pódio.

Seis etapas conquistadas e dois terceiros lugares consecutivos na geral final (em 2017 e 2018) fazem de De Mateos, um especialista da pista convertido em ‘todo-o-terreno’, um dos grandes candidatos à vitória final da prova.

Depois de dar nas vistas em 2014 ao ser expulso da prova, ao trocar golpes com Enrico Rossi, o espanhol encontrou-se com o ciclismo e redimiu-se, tendo vindo a deixar as raízes do ‘sprint’ para se assumir como um candidato às gerais finais, valendo-se, nomeadamente, da sua aptidão para os ‘cronos’, como atesta o sétimo posto conseguido nos Nacionais deste ano.

Frederico Figueiredo, Por (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Por): A vitória no Troféu Joaquim Agostinho pode ser o ‘clique’ que faltava para o ciclista de 29 anos acreditar no seu potencial, espelhado em prestações combativas, ataques corajosos e lugares de destaque em provas aqui e do outro lado da fronteira.

No entanto, ao líder da equipa mais antiga do pelotão internacional falta um pódio na Volta a Portugal, uma ambição que esteve perto de concretizar em 2018, quando foi quinto, e no ano passado, quando foi forçado a abandonar antes da partida para a última etapa, devido a uma queda no dia anterior, na tirada da Senhora da Graça.

Nesta edição especial, ‘Fred’ terá ainda a vantagem de correr sem a pressão de estar a representar um clube, como aconteceu nas três temporadas anteriores, quando o Sporting estava associado à equipa.

Gustavo Veloso, Esp (W52-FC Porto): Aos 40 anos, o galego é um exemplo de vitalidade no pelotão nacional, tendo mesmo sido quarto no Troféu Joaquim Agostinho disputado este fim de semana e 10.ª nas duas vertentes dos Nacionais do seu país, além de ter subido ao pódio, como terceiro, na última edição da Volta a Portugal.

Embora a vitória lhe fuja desde 2015, ano em que revalidou o título, Veloso é sempre um nome a ter em conta, ou não tivesse ainda no seu palmarés dois segundos lugares na prova rainha do calendário nacional (em 2016 e 2013, sempre atrás de colegas de equipa) e 10 etapas.

Ainda que não seja o ciclista dominador de outros anos, espanhol tem a experiência necessária, e o conhecimento dos pontos fulcrais da prova, para ser um dos líderes dos ‘azuis e brancos’ na tentativa de prolongar um domínio vitorioso que se arrasta desde 2013, ainda como OFM-Quinta da Lixa.

Henrique Casimiro, Por (Kelly-Simoldes-UDO, Por): O veterano de afirmação tardia teve de esperar até aos 32 anos, em 2018, para a primeira vitória profissional, no Alto de Montejunto no Troféu Joaquim Agostinho. No ano passado, fez ainda melhor e venceu a prova, num ano em que se ‘mostrou’ também no Grande Prémio das Beiras.

Oitavo na Volta em 2017 e sétimo em 2016, Casimiro, que fechou o ‘top 10’ na edição transata, após muito trabalhar para Joni Brandão, tem agora a oportunidade de brilhar a solo, como chefe de fila da Kelly-Simoldes-UDO.

João Benta, Por (Rádio Popular-Boavista, Por): Apesar de ainda não ter conseguido subir ao pódio da Volta a Portugal, o ciclista de Esposende é um daqueles que não se pode excluir da lista de favoritos, quer pelo seu historial na prova (foi sexto nas últimas duas edições), quer pelas suas prestações pós-paragem provocada pela pandemia: foi sétimo no Troféu Joaquim Agostinho e nono nos Nacionais.

Contra si, o líder ‘axadrezado’, de 33 anos, tem os quase 25 quilómetros de contrarrelógio, especialidade em que costuma perder tempo para a concorrência.

Alejandro Marque, Esp (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Por): Excelente contrarrelogista – foi terceiro nos Campeonatos de Espanha em 2012 -, o espanhol transformou-se num ciclista completo e venceu a Volta a Portugal de 2013, triunfo que lhe abriu as portas da Movistar.

Contudo, o sonho do WorldTour virou pesadelo e um controlo antidoping, do qual foi absolvido, deixou-o sem competir um ano, regressando em 2015 para ser terceiro na Volta.

Aos 38 anos, e depois de ser 11.º nos Nacionais de contrarrelógio do seu país, o vencedor da Volta à China de 2018 deve ser mais um apoio para Frederico Figueiredo do que o principal líder da equipa de Tavira. Contudo, naquela que se prevê que seja a sua última época no pelotão, é expectável que ‘Alex’ se queira despedir com um grande resultado, que melhore as suas prestações nas últimas duas temporadas, em que ficou fora do ‘top 10’ da prova.

Ricardo Vilela, Por (Burgos BH, Esp): Foi sexto na Volta a Portugal antes de se aventurar pelo pelotão internacional, no já distante ano de 2014. Depois de três participações na Volta a Espanha, o bragantino, de 32 anos, será a figura de proa da formação espanhola, podendo intrometer-se na luta das equipas portuguesas pelo ‘top 10’ da geral.

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