Sofia Gomes tem 16 anos e no ano de 2019 foi campeã nacional de cadetes femininas na vertente de BTT. Este ano está no primeiro ano de júnior pelas equipas, Clube União Vilanovense (Estrada e Pista) e BTT Seia (BTT) e, ainda pertence às seleções nacionais de estrada e de BTT.
Sofia, conta-nos como tudo começou.
Posso dizer que tudo começou em Lisboa, há cerca de 5 anos onde comecei a andar de bicicleta, por diversão. Gostava de andar a fazer BTT, porque sempre gostei muito de adrenalina.
Até que um dia o meu pai decidiu pôr-me numa equipa, porque estávamos bastante interessados na modalidade e a uma certa altura deparámos-nos a ir para várias zonas de Lisboa onde começamos a ir provas e a entrar na competição.
Há uns anos mudaste-te de Lisboa, para a cidade de Coimbra. Quais foram as principais mudanças a nível de treinos?
Enquanto vivia em Lisboa fiz parte da equipa Coelhinhos ECCLX, onde comecei a entender o que era o ciclismo e aprendi imenso como pessoa e a trabalhar em equipa. Mas quando vim para Coimbra ia começar o meu primeiro ano como cadete e, com a ajuda do meu treinador Arménio Alves, comecei a perceber o quanto realmente é preciso treinar e toda a técnica que é necessária aprender e aperfeiçoar. Em relação aos meus treinos, tudo mudou. Passaram a ser regulares e específicos, comecei a aprender a importância de seguir a rigor o que o meu treinador me dizia e com o passar do tempo percebi que isso era a chave para o sucesso.
Qual foi o momento em que decidiste levar o gosto pela modalidade para um nível mais alto?
Antes de mais, quando me mudei para Coimbra comecei por experimentar a pista, e a verdade é que só depois desse momento é que comprei a primeira bicicleta de estrada. Depois disso, comecei a fazer as provas nacionais e regionais de BTT e, nessa altura, já estava a levar a competição a um nível diferente porque já começavam a investir mais em mim. Se eu quiser marcar um ponto onde o meu gosto e o nível de competição mudou completamente, posso dizer que foi a mudança de equipa. E a força de vontade que eu sempre tive para chegar mais longe que surgiu a partir daí.
Começaste por praticar BTT, mas também já fazes provas na Pista e Estrada, onde até já participaste em estágios da seleção. Tens alguma modalidade que agora gostes mais?
Para mim o BTT será sempre especial porque foi onde comecei e de onde trouxe as primeiras bases e vai ser sempre algo que eu me divirto a fazer e nunca perderei o gosto… Mas tenho vindo a fazer cada vez mais estrada e a gostar ainda mais também devido a já ter sido chamada para correr pela Equipa Portugal, o que me deixa sempre bastante entusiasmada; por isso, até posso dizer que ambas as modalidades estão equiparadas.
Para ti, quais são os teus pontos fortes?
Acho que uma coisa que admiro em mim é a força de vontade que tenho e o facto de nunca desistir, por mais que esteja a sofrer levo as coisas até ao final. Para além disso valorizo o facto de tentar ultrapassar sempre as minhas dificuldades e melhorar os meus pontos fracos. Penso sempre que, se eu estou no ponto em que estou, é porque já trabalhei imenso para isso e tenho de acreditar nas minhas capacidades e só assim é que vou chegar longe.
Qual o teu spot preferido? Conta-nos tudo.
A verdade é que não tenho um spot específico ou preferido para ir treinar, porque tento ao máximo variar nos percursos que faço, também dependendo do treino que vou fazer. Para mim é mais importante conhecer sítios novos e até desafiantes.
O início do ano foi marcado por uma lesão, em que ponto de recuperação estás neste momento?
Este ano tive a lesão mais grave da minha vida num acidente com um carro; e até posso dizer que foi a única lesão grave que já tive, mas penso que estou a recuperar bem e depressa. Já voltei aos treinos, com moderação, mas ainda continuo a fazer fisioterapia. Mas não tarda volto como nova e isso é o mais importante.
Foi difícil este período, estar em casa “fechada”?
Na minha opinião, acho que não foi tão difícil para mim como para outras pessoas porque como tinha limitações no meu corpo, não conseguia deslocar-me muito, o que facilitou a situação. Ao mesmo tempo, tive mais tempo para mim e para recuperar bem.
Para além das bicicletas e música que outros gostos tens?
Sempre fui muito fã de desporto e música, e antes de praticar ciclismo pratiquei ténis e sempre gostei de futebol. Acho que posso dizer que essas são as minhas paixões, porque tanto a música como o desporto me fazem ser uma pessoa mais feliz.
Deixa aqui uma mensagem a todos os teus seguidores
Em primeiro queria agradecer ao BTT Lobo por todo o apoio e por me dar a conhecer às pessoas. E também agradecer a todas as pessoas que estão sempre ao meu lado e me ajudam todos os dias. Algo que posso aconselhar é que nunca desistam de algo que gostam; haverá sempre fases difíceis, mas que nunca são impossíveis de ultrapassar. Obrigada e fiquem bem.
