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Lennard Kämna (BORA hansgrohe) venceu a solo a nona etapa da Vuelta a España, completando o ‘tri’ em grandes Voltas, com João Almeida (UAE Emirates) ao ataque num dia marcado pelo mau tempo na chegada.

Lennard Kämna vence nona etapa, Sepp Kuss segue líder da Vuelta
photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Kämna, de 26 anos, cumpriu os 184,5 quilómetros entre Cartagena e Collado de la Cruz de Caravaca em 4:28.59 horas, fazendo vingar a fuga com um triunfo a solo, 13 segundos mais rápido que o italiano Matteo Sobrero (Jayco-AlUla), segundo, e 1.12 minutos do que o australiano Chris Hamilton (dsm-firmenich), terceiro.

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As contas da geral, cujos tempos foram tirados a pouco mais de dois quilómetros da meta devido ao mau tempo que se fazia sentir nas últimas centenas de metros da tirada, deixam o norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma) na frente, com o espanhol Marc Soler (UAE Emirates) em segundo e o francês Lenny Martinez (Groupama-FDJ) em terceiro.

Lennard Kämna vence nona etapa, Sepp Kuss segue líder da Vuelta
photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

O dia caótico teve no alemão, que já somava triunfos na Volta a Itália e na Volta a Espanha, a grande figura da fuga de oito elementos, demonstrando o seu valor na alta montanha.

“Estou muito feliz com isto. Trabalhei muito para voltar ao pódio nos últimos meses. Abdiquei do Tour porque queria vencer aqui uma etapa. (…) A subida foi muito complicada, sempre no sobe e desce, o que dificultou eu isolar-me da fuga”, destacou o vencedor do dia.

Lennard Kämna vence nona etapa, Sepp Kuss segue líder da Vuelta
photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

O mau tempo fez-se sentir ao longo de toda a tirada e a chuva persistente e más condições da estrada nos últimos dois quilómetros, que eventualmente foram limpos, fizeram a organização decidir tirar tempos nesse ponto e não na linha de meta.

Essa decisão anulou as partes mais difíceis da subida até ao risco, num dia em que a Jumbo-Visma utilizou os ‘abanicos’ (cortes provocados pelo vento) para ‘rasgar’ o pelotão e a corrida, primeiro na parte inicial e depois a 80 quilómetros do fim.

Com a melhoria das condições, o pelotão reagrupou-se e foi assim que abordou a ascensão final, em que João Almeida se juntou ao russo Aleksandr Vlasov (BORA hansgrohe) nos ataques, ganhando algum tempo a um grupo de favoritos que foi inicialmente dado como tendo diferenças de tempo, antes de os juntar quase todos com o mesmo tempo.

Lennard Kämna vence nona etapa, Sepp Kuss segue líder da Vuelta
photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Fora essa movimentação, que mostrou o português apostado em recuperar o tempo perdido em dias anteriores, afetado por uma queda, pouco aconteceu entre os favoritos na véspera do dia de descanso, já de olho no contrarrelógio da segunda semana.

As cenas do grupo atrás da fuga a cortar a meta deram para tudo, de sorrisos e ‘cavalinhos’ até um Almeida de mãos dadas com Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), antigo capitão da UAE Emirates.

Lennard Kämna vence nona etapa, Sepp Kuss segue líder da Vuelta
photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Contas feitas, João Almeida está agora no 10.º lugar da geral, a 2.55 minutos a liderança da prova, tendo-se aproximado dos principais rivais pela vitória final: o belga Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep), campeão em 2022, é quarto, a 2.22 minutos.

A 2.29 minutos estão o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) e Primoz Roglic (Jumbo-Visma), tricampeão entre 2019 e 2021 e vigente vencedor do Giro, enquanto o dinamarquês Jonas Vingegaard completa o trio de ameaças da Jumbo-Visma, em sétimo a 2.33 minutos.

Enric Mas (Movistar) está à mesma distância, com Juan Ayuso (UAE Emirates) em nono a 2.43 minutos.

Na segunda-feira, o pelotão aproveita o primeiro dia de descanso desta edição da Vuelta.

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