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Ivo Oliveira (UAE Team Emirates) conquistou em Mogadouro, a prova de fundo para elite do Campeonato Nacional de Estrada, após ter andado em fuga mais de 160 quilómetros, 50 dos quais em solitário.

Quatro dobradinhas no Campeonato Nacional de Masters
Photo © João Fonseca Photographer

A corrida de 169,6 quilómetros começou a desenhar-se logo aos sete quilómetros, quando escaparam ao pelotão dez corredores: Ivo Oliveira (UAE Team Emirates), Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense), David Livramento (AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense), César Martingil (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Rodrigo Caixas (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), Gonçalo Carvalho e António Barbio (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) e Bernardo Gonçalves (XSpeed United).

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Ao quilómetro 30 saíram do pelotão mais quatro corredores, que fariam a junção à frente da corrida cerca do quilómetro 50. Estes quatro homens eram Rui Oliveira (UAE Team Emirates), Fábio Costa (Glassdrive-Q8-Anicolor), Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO) e Rafael Silva (Efapel Cycling).

Quatro dobradinhas no Campeonato Nacional de Masters
Photo © João Fonseca Photographer

O grupo de 14 unidades em fuga foi somando quilómetros e vantagem sobre o pelotão, onde apenas a Rádio Popular-Paredes-Boavista, sem representação na fuga, tentava remar contra a maré.

Quando se percebeu que a discussão da vitória estava na frente da corrida começaram os ataques na frente de corrida. A três voltas do final, Rui Oliveira atacou, tendo resposta pronta de Fábio Costa. Ivo Oliveira desferiu, de imediato, um poderoso ataque, a mais de 50 quilómetros da meta, e os restantes fugitivos já não conseguiram responder. O gaiense foi, então, acumulando vantagem.

Quatro dobradinhas no Campeonato Nacional de Masters
Photo © João Fonseca Photographer

Quando a renda de Ivo Oliveira sobre os anteriores colegas de fuga já ultrapassava os dois minutos, começou a fazer-se uma seleção entre os perseguidores, na luta pelo segundo lugar, porque a vitória era já uma miragem.

Ivo Oliveira pedalava para a consagração e seis corredores destacavam-se nas posições imediatas: Rui Oliveira, David Livramento, Fábio Costa, Rafael Reis, Luís Gomes e Gonçalo Carvalho. Na subida a meio do circuito, Rui Oliveira e Luís Gomes deixaram para trás os companheiros de ocasião para formar um pódio totalmente composto por ciclistas naturais de Vila Nova de Gaia.

A diferença de Ivo Oliveira para trás foi caindo, devido às dificuldades físicas do comandante da corrida, mas nada que o impedisse de celebrar, ao fim de 4h16m19s de prova (média de 39,7 km/h). Na luta pelo segundo lugar sobressaiu Rui Oliveira, a 1m06s do irmão gémeo. Luís Gomes fechou o pódio, a 1m15s.

“Entrei numa fuga praticamente no início da corrida. Senti que não podia deixar a decisão para o final. Falei com o meu irmão e decidimos atacar no início da subida, a três voltas do fim. Foi o Rui que atacou, mas teve resposta do Fábio Costa. Mal o Rui foi apanhado arranquei eu sozinho. Depois foi sofrer, sofrer, sofrer, até à meta. Na última volta tive de tirar os pés dos pedais a descer, porque vinha com câibras, mas concretizámos a estratégia”, contou Ivo Oliveira.

“Diria que é a minha principal vitória na estrada. Ganhei recentemente o contrarrelógio e discuti a geral na Boucles de la Mayenne, mas ser campeão nacional e vestir esta camisola durante um ano é algo que só em sonhos é que pensei. Graças a Deus, à minha equipa, ao meu staff, à minha família e à minha namorada, consegui-o”, confessou o novo campeão nacional de fundo.

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