Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team) é o primeiro Camisola Amarela da 48.ª Volta ao Algarve, depois de impor-se ao sprint na primeira etapa, uma ligação de 199,1 quilómetros, entre Portimão e Lagos.
Fabio Jakobsen venceu as três últimas chegadas da corrida a Lagos. Rui Oliveira (UAE Team Emirates), quinto classificado, foi o melhor português na etapa.
O nervosismo habitual na primeira etapa de uma competição importante provocou duas quedas, que limitaram o sprint a um grupo restrito. A Quick-Step Alpha Vinyl Team preparou bem a chegada e lançou Fabio Jakobsen para a vitória na etapa e para a Camisola Amarela Turismo do Algarve. O alemão Jordi Meeus (Bora-hansgrohe) foi o segundo a cortar a meta, mas acabou relegado por sprint irregular. O segundo foi, assim, o francês Bryan Coquard (Cofidis) e o terceiro Alexander Krtistoff (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux).
A primeira fuga desta Volta ao Algarve deu-se ao quilómetro 17, juntando quatro corredores: Asier Etxeberria (Euskaltel-Euskadi), Fábio Oliveira (ABTF-Feirense), Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados).
As equipas com aspirações ao sprint nunca deram grande margem ao quarteto. A vantagem máxima cifrou-se em 3m20s. A rédea curta foi suficiente, no entanto, para João Matias sair da jornada com a satisfação do dever cumprido, subindo ao pódio para vestir a Camisola Azul Lusíadas, símbolo de melhor trepador.
A fuga acabou a 35 quilómetros da meta, pouco depois de uma queda coletiva ter deixado o pelotão reduzido a menos de metade. Mas o abrandar de ritmo na dianteira permitiu nova reincorporação de corredores. A 12 quilómetros da meta outra queda voltou a “cortar” o pelotão, já em novo momento de alta velocidade, a caminho do sprint em Lagos.
A superioridade da Quick-Step Alpha Vinyl Team foi notória. Fabio Jakobsen junta a Camisola Verde Crédito Agrícola, dos pontos, à Camisola Amarela. A equipa comanda coletivamente e Remco Evenepoel é o dono da Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem. Só João Matias se intrometeu na festa belga e neerlandesa, vestindo a Camisola Azul Lusíadas.
“Tenho de agradecer o trabalho de toda a equipa. Sem os meus companheiros não poderia vencer, foram eles que me colocaram numa posição perfeita para o sprint. Depois foi um bom esforço de 20 segundos. Estou muito feliz por conseguir uma nova vitória em Lagos. Conheço esta chegada muito bem, já aqui ganhei duas vezes, e fizemos também um estágio no Algarve, onde reconhecemos as etapas da corrida. Colocámo-nos muito bem na última subida antes da entrada em Lagos”, explicou Fabio Jakobsen.
Rui Oliveira foi o melhor português na jornada, entrando na discussão das primeiras posições, para terminar na quinta posição. Das equipas portuguesas, muito afetadas pelas duas quedas coletivas, nenhum corredor terminou no pelotão da frente, com cerca de 30 unidades.
Classificação da 1ª etapa AQUI.
A segunda etapa, a disputar nesta quinta-feira, será um teste aos candidatos, que, maioritariamente, escaparam às quedas e têm o mesmo tempo de Fabio Jakobsen. Os 182,4 quilómetros, que vão ligar Albufeira ao alto da Fóia (Monchique) farão a primeira triagem.