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A participação da Seleção Nacional no Campeonato do Mundo de todas as disciplinas de ciclismo começa ao início da noite desta quarta-feira, no Velódromo Sir Chris Hoy, em Glasgow, Escócia, onde Telmo Pinão irá correr a sua disciplina de eleição na pista, a perseguição individual.

O atleta paralímpico português olha para o Mundial de paraciclismo em pista com duas metas no horizonte. “O objetivo é conseguir melhorar as minhas marcas pessoais nas provas cronometradas. Além disso, tenho a ambição de conquistar um lugar nos oito primeiros numa das disciplinas paralímpicas, perseguição individual ou 1 km contrarrelógio. Foi para isso que trabalhei, mesmo sabendo que a pista não é a minha vertente principal”, explica o corredor.

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O registo a bater no contrarrelógio de 3 quilómetros que abre a competição é de 4’03’’001, a marca obtida nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O último treino, realizado ao início da tarde de hoje, deu boas indicações.

A favor de Telmo Pinão joga a motivação e o facto de a perseguição individual ser a disciplina de pista preferida do corredor. “Embora seja um bocado saturante, a disciplina de que mais gosto e aquela em que me encaixo melhor é a perseguição individual. Mas pelo prazer de estar na pista também gosto muito dos 200 metros com partida lançada, disciplina em que fui oitavo no Mundial do ano passado. O scratch gosto de ver, mas ainda não tenho experiência suficiente, dado que só a fiz uma vez na vida, no Mundial do ano passado”, explica o paraciclista.

A perseguição em paraciclismo distingue-se da perseguição masculina de elite na distância, três quilómetros no primeiro caso e quatro no segundo. Mas não só, como indica Telmo Pinão. “Na pista nota-se mais do que na estrada a diferença entre os paraciclistas classificados como C2. O arranque é muito importante e é completamente diferente o arranque de uma pessoa com duas pernas ou com uma”, nota o representante nacional.

Telmo Pinão irá competir no omnium, que também é diferente no paraciclismo. No ciclismo convencional o concurso de omnium é composto pelas provas, todas disputadas no mesmo dia, de scratch, tempo, eliminação e corrida por pontos. No paraciclismo há, igualmente, quatro provas pontuáveis, mas cada uma disputada num dia diferente: perseguição individual, 200 metros com partida lançada, 1 km contrarrelógio e scratch. Acresce que todas estas provas pontuáveis para o omnium terão pódios próprios, exceto os 200 metros.

Ainda concentrado no omnium, que o ocupará até dia 7, Telmo Pinão já vai fazendo contas às provas de paraciclismo em estrada, que arrancam dia 10. “Na estrada tentarei estar na frente da corrida até ao fim. A não existência de subidas limita-me um bocado. Aqui na Escócia será um percurso demasiado plano, mas vou tentar defender-me na roda dos adversários para no fim discutir o melhor lugar possível, já que não terei as subidas que era o terreno em que poderia fazer alguma diferença”, conta.

Mudanças na comitiva

A comitiva portuguesa que compete nos Campeonatos do Mundo sofreu duas baixas por lesão. Alexandre Montez substitui o doente Lucas Lopes na equipa de sub-23 para a prova de fundo, marcada para o dia 9.

Também por doença, Guilherme Mota irá falar a prova de maratona BTT, no próximo domingo, não sendo substituído.

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