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António Morgado conquistou, nesta madrugada, a medalha de prata na prova de fundo para juniores do Campeonato do Mundo de Estrada, em Wollongong, Austrália.

António Morgado vice-campeão mundial de estradaPortugal prometeu discutir a corrida de 135,6 quilómetros e cumpriu. A Seleção Nacional acelerou a corrida na primeira das oito voltas ao circuito australiano, promovendo a primeira triagem de valores.

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A partir da terceira volta começou o festival de António Morgado. O português desferiu inúmeros ataques, eliminando adversários atrás de adversários. As movimentações mais fortes de Morgado foram-se sucedendo a cada passagem no ponto mais duro do traçado, a subida do monte Pleasant (1100 metros com inclinação média de 7,7 por cento e trocos acima dos dez por cento).

António Morgado vice-campeão mundial de estradaNa penúltima passagem por essa dificuldade, o chefe-de-fila de Portugal desferiu um ataque poderosíssimo, que deixou o grupo da frente com cerca de dez unidades. Não satisfeito, Morgado atacou novamente, a 18 quilómetros da meta, na entrada para a última volta.

Desta vez, o natural das Caldas da Rainha isolou-se e teve legítimas esperanças de conquistar a camisola arco-íris, pois chegou a dispor de mais de 20 segundos sobre os rivais mais diretos. Só que o alemão Emil Herzog também estava muito forte e conseguiu juntar-se ao português a três quilómetros da meta.

A discussão do título ficou guardada para um sprint a dois. Aí, ao fim de 3h11m07s de prova (média de 42,6 km/h), o germânico foi mais forte. António Morgado foi o segundo classificado e conseguiu o melhor resultado de sempre para Portugal em provas de fundo para juniores dos Mundiais de estrada. O terceiro classificado, a 55 segundos, foi o belga Vlad van Mechelen.

Gonçalo Tavares, que fez praticamente toda a corrida no grupo dos favoritos, foi o 18.º, a 2m48s. Daniel Lima foi 38.º, a 11m50s. Tiago Nunes foi 58.º, a 13m31s. José Bicho não terminou a prova.

“O António Morgado fez mais uma grande corrida. Em todos os anos que já levo como selecionador – e passaram pelas minhas mãos todos os melhores corredores portugueses dos últimos anos – nunca vi, em júnior, um ciclista capaz de fazer o que o António faz. Aquilo que hoje todos puderam ver pela televisão, ele faz sempre. São demonstrações de força impressionantes”, considera o selecionador nacional, José Poeira.

Lendo a corrida desta madrugada, o responsável técnico considera que António Morgado fez bem em atacar de longe, “eliminou logo muitos adversários e garantiu uma medalha. No sprint poderia ter arrancado um pouco mais tarde, explorando mais a roda do alemão, mas o desempenho global é excelente”.

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