A Team Israel Start-Up Nation está pronta para enfrentar a temporada de 2021 com uma nova formação, mas com o mesmo entusiasmo e dedicação de anos anteriores.
Na conferência de imprensa virtual no campo de treino em Girona, Espanha, a equipa apresentou os novos atletas Chris Froome, Michael ‘Rusty’ Woods e Sep Vanmarcke, que se juntaram a Dan Martin e Guy Niv para expressar o seu entusiasmo pela equipa e pelo novo ano.
O tetracampeão do Tour de France, Chris Froome, é a maior contratação da equipa, e ele deixou os seus sentimentos claros. “Este é um compromisso a longo prazo para mim. Estou comprometido com o fim da minha carreira. Devo dar tudo o que posso para ajudar a equipa de todas as maneiras possíveis, bem como me aprimorar e voltar ao topo.”
Não teria sido mais fácil simplesmente aposentar-se após o acidente de há dois anos atrás? “Não era assim que queria terminar a minha carreira no ciclismo. Eu tenho quatro títulos do Tour. Ainda não terminei – quero o número cinco.”
Ele não vê a sua idade, 35 anos, como um problema. “A idade é um estado de espírito. Certamente é possível vencer novamente e eu gostaria de provar isso.”
O coproprietário da equipa, Sylvan Adams, está “particularmente animado para a próxima temporada com uma equipa que foi renovada para este ano”.
“Uma das razões para todas as mudanças é que tivemos a garantia da nossa licença WorldTour no final do ano passado, então não houve muito tempo para fazer mudanças. Ainda éramos uma equipa Pro-Conti e tínhamos uma formação Pro-Conti. Mas de qualquer forma tivemos uma boa temporada e agora temos uma equipa muito boa rumo a 2021.”
Guy Niv foi o primeiro piloto israelense a terminar o Tour de France e ele sabe que foi apenas o começo. “Definitivamente, avançámos como equipa e os atletas israelenses também se devem esforçar. Tenho o privilégio de trabalhar com nomes tão grandes e quero ser o melhor atleta que possa ser para ajudar a equipa a atingir os seus objetivos.”
Dan Martin, que terminou em quarto lugar na geral na Vuelta a Espana em 2020, deixará de ser o único capitão de equipa em corridas importantes. “Estou feliz por ver como a equipa se fortaleceu, dá-me confiança. Eu sei o quanto posso aprender com Chris e os outros. Podemo-nos tornar uma equipa mais forte juntos. É um esforço de equipa.”
O gestor de equipa Kjell Carlström não antecipa problemas com Chris e Dan como co-líderes nos Grand Tours. “Ambos são pessoas razoáveis, que se respeitam e também respeitam as ordens da equipa. Chris e Dan podem-se apoiar um ao outro e tornar toda a equipa mais forte.”
Dan também está de olho na Clássica de Ardennes, tendo vencido o Liège-Bastogne-Liège em 2013. O novo companheiro de equipa Rusty Woods também mostrou estar bem, ficando em segundo lugar na corrida de 2018. Será isso um problema? “É emocionante ter companheiros de equipa fortes nas corridas. Você nunca sabe o que pode acontecer. E eu prefiro ter o Rusty a competir na minha equipa em vez de competir contra ele”, disse Dan.
“É uma honra correr com ele. Ele tem sido tão consistente ao longo dos anos que há muito que posso aprender com ele. Eu adoraria poder ajudá-lo a vencer.”
Não apenas uma equipa, mas também um projeto
Mas a equipa não se trata apenas de vencer corridas. “Mais do que uma equipa de ciclismo, isto é um projeto. Existem dois lados. Por um lado, estamos a promover o ciclismo em Israel”, disse Adams. “E por outro lado, estamos cá para promover o nosso país natal, Israel. Estamos a representar o nosso país em todo o mundo com verdadeiro espírito desportivo e determinação.”
Infelizmente, este ano, a equipa não conseguiu realizar o seu campo de treino tradicional em Israel, devido à pandemia de COVID e às restrições de viagens proibitivas. “Mas, quando as coisas abrirem novamente em Israel, traremos cá os novos atletas para um campo de treino. É importante conhecer o nosso país de origem e visitar lugares como Yad Vashem, o Centro do Holocausto.”
Chris Froome aguarda essa visita. “A minha única experiência com Israel foi no Giro d’Italia 2018, e essa experiência surpreendeu-me. Não foi nada do que eu esperava.”
Adams também enfatizou que, embora Israel tenha feito um grande progresso na vacinação da sua população, não haverá exceções para a sua equipa. “No final de março, todas as pessoas de Israel deverão ter recebido as duas doses. Nesse ponto, pode ser possível considerar a vacinação dos nossos atletas. Não vamos furar a fila.”
