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Um sprint irregular levou hoje os comissários do Giro d’Italia a retirarem a vitória na terceira etapa a Elia Viviani (Deceuninck-Quick Step), adiando o primeiro triunfo italiano em favor do colombiano Fernando Gaviria (UAE-Emirates).

Viviani cumpriu os 220 quilómetros entre Vinci e Orbetello em 5:23.19 horas e celebrou aquela que seria a primeira vitória da ‘casa’ nesta 102.ª edição, mas foi desclassificado por ter mudado de trajetória, prejudicando o sprint do compatriota Matteo Moschetti (Trek-Segafredo).

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Gaviria, de 24 anos, acabou por ser declarado vencedor após a intervenção dos comissários, seguido do francês Arnaurd Démare (Groupama-FDJ), segundo, e do alemão Pascal Ackermann (BORA-hansgrohe), que venceu no segundo dia e conservou a liderança da classificação de pontos.

Numa discussão que voltou a ser lançada muito tarde, depois de duas curvas abruptas e uma reta ‘apertada’ pelas barreiras de proteção, Viviani apanhou a roda de Ackermann e passou para a frente, mas desviou a trajetória de forma repentina para a esquerda, afetando Moschetti, num ‘sprint’ em que foi claramente mais forte do que os adversários.

O campeão italiano de fundo, de 30 anos, caiu para o 73.º lugar – o último do grupo que chegou com o mesmo tempo do vencedor – e ainda não conseguiu abrir a ‘conta’ nesta edição da ‘corsa rosa’, depois de ter vencido quatro etapas em 2018, ano em que ganhou a classificação por pontos.

Por seu lado, Gaviria colombiano chegou à quinta vitória no ‘Giro’, depois de quatro em 2017, e a quarta vitória da temporada, de estreia na UAE-Emirates, após dois triunfos na Volta a San Juan (Argentina) e outra na Volta aos Emirados Árabes Unidos.

Num dia em que o pelotão se vigiou devido aos ventos fortes que se fizeram sentir, com os principais candidatos à vitória final concentrados em não perder tempo, o único fugitivo da tirada foi o japonês Sho Hatsuyama (Nippo Vini Fantini Faizanè).

O ciclista de 30 anos, campeão de fundo do Japão em 2016, passou 144 quilómetros sozinho na frente, chegou a ter mais de sete minutos de vantagem, sendo apanhado dentro dos últimos 75 quilómetros.

Na classificação geral, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) manteve a liderança, com 19 segundos de avanço sobre o britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott), segundo, e 23 sobre o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain-Merida), terceiro.

A única mudança no ‘top 10’ foi a saída do jovem britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), que caiu na parte inicial da etapa e acabou por se envolver numa outra nos últimos quilómetros, saindo do sétimo para o 57.º lugar.

Amaro Antunes (CCC), único português em prova, cortou a meta em 93.º lugar, a 46 segundos do vencedor, e desceu 15 posições, para 66.º.

Na terça-feira, a quarta etapa liga Orbetello a Frascati ao longo de 235 quilómetros, com um perfil ondulante e os dois últimos quilómetros a subir, o que deve dar azo a um final mais aberto, a não ser que alguns sprinters consigam contornar as dificuldades.

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