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João Almeida, que hoje se tornou o primeiro português a liderar o Giro d’Italia em 31 anos, disse que vestir a camisola rosa “até dá mais confiança e mais motivação”.

João Almeida na liderança do Giro d'Italia 2020
Photo Credits: LaPresse

A fazer a sua estreia em grandes voltas, o português de 22 anos tem ‘brilhado’, com um segundo lugar no contrarrelógio de sábado, um lugar no ‘top 10’ no domingo e hoje a subir à liderança, com o mesmo tempo do vencedor da etapa, o equatoriano Jonathan Caicedo (Education First), desempatado devido ao tempo no ‘crono’.

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Ainda assim, após cruzar a meta, seguiram-se longos minutos de espera para confirmar as diferenças, e que fossem favoráveis ao luso, num período em que admite que “não sabia e não tinha a certeza” se poderia envergar a ‘maglia rosa’ no pódio.

João Almeida na liderança do Giro d'Italia
Photo Credits: LaPresse

“Quando soube, fiquei superfeliz”, atira o ciclista das Caldas da Rainha, usando uma expressão que já tinha empregue na ‘flash interview’ e na conferência de imprensa.

Na longa subida ao Etna, onde em 1989 Acácio da Silva fez história, como o primeiro português a liderar a geral, estava “mais preocupado com o Geraint Thomas”, o britânico da INEOS que hoje acabou por perder mais de 12 minutos após uma queda.

“Quando ele descolou, fiquei mais confiante, e foi [uma questão de] dar o máximo até à meta”, descreve.

Daqui para a frente, a corrida “será a mesma, não mudará muito”. “Até me dá mais confiança e mais motivação”, atira, desafiador.

João Almeida diz que liderança “até dá mais confiança e motivação” no Giro d’Italia
©Tim De Waele / Getty Images

Apesar de se sentir confiante, num ano em que tem ‘brilhado’ na estreia no escalão WorldTour, Almeida admite que nem em sonhos poderia imaginar uma estreia tão boa. “Nunca tinha pensado nisto”, confirma.

Para a frente terá agora como objetivo “manter a camisola o máximo” de tempo possível, considerou na conferência de imprensa, em que explicou que tem ainda o sonho de “ganhar uma etapa”, um feito que seria “a cereja no topo do bolo”.

Hoje, a história repetiu-se e, 31 anos depois de Acácio da Silva, o Monte Etna foi o palco para um português vestir a camisola rosa, o segundo na história da corrida italiana, após uma terceira etapa, ganha por Caicedo.

Na subida para o Etna, a primeira grande dificuldade desta edição da ‘corsa rosa’, Almeida acabou por não resistir aos ataques de alguns dos principais favoritos, mas a vantagem trazida do contrarrelógio da primeira etapa permitiu-lhe subir à liderança.

A defesa da ‘maglia rosa’ começa já na quarta etapa, na terça-feira, entre Catânia e Villafranco Tirrena, num traçado de 140 quilómetros.

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