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Jai Hindley, novo líder da geral do Giro, e Tao Geoghegan Hart (INEOS), vencedor da 20.ª etapa, entram empatados no contrarrelógio que encerra hoje o Giro d’Italia.

Photo Credits: LaPresse

Hart, que já tinha vencido, completou os 190 quilómetros entre Alba e Sestriere em 4:52.45 horas, à frente do rival na luta pela vitória final, com o australiano Rohan Dennis (INEOS) em terceiro a 25 segundos.

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Almeida cortou a meta em quarto a 1.01 minutos e conseguiu ganhar tempo, não só ao antigo camisola rosa, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), mas também ao espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren).

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Hindley lidera com o mesmo tempo de Hart, seguindo-se Kelderman no terceiro posto, a 1.32 minutos, Bilbao em quarto e Almeida a fechar o ‘top 5′, a 1.18 do holandês e a 23 do espanhol.

Hart assumiu o papel de líder improvável de uma INEOS que perdeu Geraint Thomas devido a queda, mas viu Filippo Ganna vencer três etapas, além do equatoriano Jhonatan Narváez, outra.

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O britânico triunfou na 15.ª etapa e somou novo triunfo, mas ao contar com um ‘super’ Rohan Dennis, primeiro no Stelvio e na tripla subida a Sestriere, transformou-se no candidato mais provável à vitória final.

A maior mestria no contrarrelógio deixa-o como teórico favorito face a Hindley, que tem sobre si o ‘peso’ de ter deixado, por duas vezes, o líder Kelderman para trás, primeiro quando o holandês ‘destronou’ João Almeida e depois, quando seguiu Dennis e Hart e deixou o ‘maglia rosa’ para trás.

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Pela primeira vez em 103 anos de história, dois ciclistas chegam à decisão final empatados em tempo, após um dia ‘louco’, com uma fuga em que o colombiano Einer Rubio (Movistar) foi dos mais inconformados e na qual começou a desenhar-se a estratégia de João Almeida.

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A fuga do dia teve entre si alguns nomes invulgares, com destaque para o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), um de vários ‘sprinters’ que tentaram a sorte, este a vencer um dos ‘sprints’ intermédios para garantir matematicamente a conquista da classificação por pontos, levando para casa a ‘maglia ciclamino’.

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Três companheiros de equipa de João Almeida da Deceuninck-QuickStep saltaram para a frente da corrida, e ainda por lá andavam a 30 quilómetros do final, quando o trio que acabou por liderar a classificação da etapa deixou Kelderman, Almeida, Bilbao e outros favoritos para trás.

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Daí para a frente, Hindley ainda bonificou num ‘sprint’ intermédio e por quatro vezes tentou atacar os INEOS, mas Hart não cedeu e, embora tenha perdido a rosa apenas por desempate, vai chegar favorito a Milão.

Kelderman, que cortou a meta em oitavo, a 1.35 minutos dos primeiros, caiu para terceiro e dificilmente poderá disputar o título de sucessor do equatoriano Richard Carapaz, ficando ainda à mercê, ainda que improvável, de João Almeida.

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Um alvo bem mais fácil para o luso, que demonstrou ‘alma’ no ataque e boa estratégia, é o espanhol Pello Bilbao, que segue em quarto e tem apenas 23 segundos para o português.

Almeida, que andou 15 dias como líder, distanciou-se já na última ascensão a Sestriere, com um ataque forte que deixou os rivais para trás antes de se encontrar com o belga Pieter Serry, que o ajudou a fazer a diferença.

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No final, Hindley admitiu estar “sem palavras” por concretizar um sonho de menino, mesmo que “não seja ideal tê-la retirado ao Wilco”, ainda que esteja feliz por “mantê-la na equipa”.

Para o contrarrelógio, promete só “o melhor possível”, feliz com o Giro que fez apesar de ter ‘esbarrado’ num Hart “demasiado forte”, após ter “tentado tudo para o deixar para trás”.

Já o britânico disse estar “extremamente perto” de um feito histórico, até porque “tudo pode acontecer no ciclismo”, após um “dia incrível”.

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“Sabia que não era eu que tinha de forçar, estava focado em ganhar a etapa. Sabia que levávamos muita vantagem nos ciclistas atrás e teria de ser o Hindley a fazer diferenças. Percebi que não ia conseguir logo a seguir ao primeiro ataque”, atirou.

Mesmo tendo chegado à ‘corsa rosa’ para correr para Geraint Thomas, isso foi “há 20 etapas”, pelo que agora vai “dar tudo”. “O que tiver de ser, será”, disse apenas.

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O outro português em prova, Ruben Guerreiro (Education First), voltou a estar em bom plano, ao acabar o dia no 13.º posto, após ter dado nova mão a João Almeida, e tem já assegurada a classificação da montanha, desde que complete o Giro, seguindo no 33.º lugar da geral.

Hoje, a 21.ª e última etapa apresenta um contrarrelógio de 15,7 quilómetros que começa em Cernusco sul Naviglio e termina em Milão, para consagrar o vencedor da 103.ª edição do Giro.

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