Nuno Ribeiro não desvendou a estratégia da W52-FC Porto para a 82.ª Volta a Portugal em bicicleta, mas notou que os adversários estão a tentar “sacudir” a responsabilidade para os ‘dragões’, apesar de também desejaram a vitória na geral.
“Esta é a W52 de todos os anos, sempre forte. Sempre com os mesmos objetivos. Os adversários acabam por dizer isso para sacudir também um bocado a responsabilidade da parte deles. O objetivo deles passa também pela vitória e estão a tentar passar a responsabilidade para nós”, evidenciou.
“Temos lidado bem e estado bem. Tentamos perceber um bocado aquilo que eles [adversários] dizem, e a perceção que eles estão a ter, e a partir daí vamos tentar utilizar as nossas armas e os nossos meios para conseguir atingir o nosso objetivo”, declarou.
Para o antigo ciclista, vencedor da Volta a Portugal de 2003, “todas as equipas vão dar luta, independentemente das circunstâncias e de tudo aquilo que pode acontecer”, não sendo a Efapel a única rival.
“A Efapel é uma equipa que, além deste ano, é a rival, aquela que tem dado luta em tudo aquilo que seja possível para conseguir ganhar a Volta. E este ano não é exceção. Eles vão estar na disputa e são os adversários. Além deles, vai haver outros e temos de dar atenção a toda a gente. Não temos de estar obcecados por eles”, desmistificou sobre o duelo mais aguardado da 82.ª edição.
“Acho que todas as equipas, como todos os anos antes de começar a Volta, têm um objetivo e têm sempre alguém que pode estar na discussão da corrida. Neste momento, além da Efapel, temos o Gustavo que tem uma equipa forte e ele vai estar forte. Vamos ter o de [Vicente García] De Mateos, que está sempre ali, naquele momento, é um candidato natural. O Boavista tem um ou outro candidato”, avaliou.
Sem nunca abrir o ‘jogo’, como, aliás, é seu apanágio, o ‘misterioso’ e estratega diretor desportivo da W52-FC Porto escusou-se a desvendar quem será o verdadeiro líder da sua formação.
“É difícil estar a explicar isso e não estou a ser hipócrita naquilo que estou a dizer. Em termos de líder da equipa, temos dois líderes, um deles é o [Samuel] Caldeira, outro é o Ricardo Mestre. Em termos de pessoas que podem estar na discussão da Volta a Portugal, temos três ciclistas”, admitiu, referindo-se a Antunes, Rodrigues e Brandão.
Sobre este último, que foi o grande rival da W52-FC Porto nos últimos anos – tem três segundos lugares na Volta (2019, 2018 e 2015), o de 2018 até pode ser primeiro, quando for confirmada a desclassificação de Alarcón -, disse esperar “que não crie problemas e seja uma solução para a equipa”.
Admitindo que não foi difícil escolher, num plantel de ‘luxo’, os setes elementos que, na quarta-feira, vão estar à partida para a 82.ª edição da prova rainha do calendário nacional, por ter “as coisas delineadas” desde o início da época, Nuno Ribeiro considerou ainda o percurso “igual a tantos outros”.
“É um percurso em que é preciso ter um bom líder, ou uns bons líderes, e uma boa equipa para conseguir fazer a diferença, e isso aí é o mais importante numa prova de ciclismo”, concluiu.
Equipa: Amaro Antunes (Por), Joni Brandão (Por), Samuel Caldeira (Por), Ricardo Mestre (Por), Daniel Mestre (Por), João Rodrigues (Por) e Ricardo Vilela (Por).
Diretor desportivo: Nuno Ribeiro.