Ruben Pereira prevê “a melhor Volta a Portugal dos últimos 15 anos” na 82.ª edição, prometendo que os seus ciclistas vão correr “à Efapel”, para tornar cada etapa uma clássica e, quem sabe, lutar pelo pódio final.
“Este é o ano da Efapel. Isso é algo claro. Desde que a época começou até ao momento tem sido o ano da Efapel, temos estado na disputa das corridas todas, temos ganho os prémios mais importantes do calendário nacional e as corridas todas que não ganhámos, terminámos no pódio”, começou por notar, em declarações à agência Lusa.
Apresentado o cartão de visita da sua formação, Ruben Pereira assegurou que a Efapel não irá “correr ao redor só de uma opção”, embora António Carvalho seja o “cabeça de cartaz” e “o líder fora da corrida”, e que não se irá assumir como “candidata à vitória na Volta a Portugal, porque não o é”.
Ainda que não esconda que “estar no pódio era fantástico” e algo que “toda a gente ambiciosa”, o jovem diretor desportivo pretende, “acima de tudo, fazer da Volta a Portugal todos os dias uma clássica, porque é o que faz com que esta modalidade seja cativante e que a Volta tenha este carisma tão grande para os portugueses”.
“É criar aquele suspense de que podemos contrariar o favoritismo da W52 ou, pelo menos, fazer por isso. […] Depois do que vimos este ano, podemos dizer que temos uma equipa que se poderá bater com a W52, mas, como é óbvio, e tendo consciência da realidade, a W52 tem um plantel fortíssimo, tem um trio fortíssimo para a geral. Gostam de correr ao ataque. O que prevejo? A melhor volta a Portugal dos últimos 15 anos”, antecipou, referindo-se a Amaro Antunes, João Rodrigues e ao anterior líder do seu coletivo, Joni Brandão.
Para Ruben Pereira, o segredo desta nova Efapel, que vai alinhar, a partir de quarta-feira, na 82.ª edição da prova rainha do calendário nacional com um ‘sete’ que inclui ainda o terceiro classificado do ano passado, Frederico Figueiredo, o regressado André Cardoso e o explosivo uruguaio Mauricio Moreira, é “o ambiente da equipa”: “Aqui não existem individualidades, existe o coletivo. Quando ganha um, ganham todos.”
O diretor desportivo da formação sediada em Águeda tem dificuldade em eleger quais serão os momentos decisivos da prova, porque, “da forma como se tem corrido em Portugal e como as equipas taticamente se posicionam ao longo das corridas”, não haverá dias fáceis nesta edição.
“Não menosprezando as outras estruturas, existe uma clara disputa entre duas equipas muito fortes, e essa disputa tem-se vindo a notar ao longo desta época que qualquer dia pode ser o dia. Olho para todas as etapas, não vejo nenhuma etapa fácil. A própria chegada a Setúbal… há que ter muita atenção já a esta etapa. Há a etapa de Bragança, que é outro ponto importantíssimo. Acredito que a Volta a Portugal será imprópria para cardíacos, para pessoas que sofrem de ansiedade”, defendeu.
Efapel:
Equipa: André Cardoso (Por), António Carvalho (Por), Frederico Figueiredo (Por), Luís Mendonça (Por), Mauricio Moreira (Uru), Javier Moreno (Esp) e Rafael Reis (Por).
Diretor desportivo: Ruben Pereira.