Até 19 de novembro, decorre um concurso público, promovido pela EMEL, para a “aquisição, implementação e operação do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas (SBPP) na cidade de Lisboa”, que tem um valor base de 28.904.000 euros e um prazo contratual de 108 meses – nove anos -, segundo a informação publicada em Diário da República.
Numa informação escrita enviada à agência Lusa, a EMEL explica que “o concurso agora publicado pretende identificar e contratar a empresa que vai fornecer e instalar toda a parte física do sistema, nomeadamente as 1.400 bicicletas e as 140 estações [postos de recolha] que estarão espalhadas em zonas estratégicas ao longo da cidade de Lisboa”.
“A empresa selecionada ficará ainda responsável pela gestão operacional do SBPP, incluindo a sua manutenção e logística operacional ao longo de nove anos”, acrescenta.
Fonte da EMEL indicou à Lusa que “o custo final [para a empresa] será sempre inferior ao investimento” que é feito, já que são esperadas receitas “ao nível da utilização e da publicidade”.
No anúncio do concurso, a EMEL salienta que os critérios de adjudicação se centram na “proposta economicamente mais vantajosa”, pelo que o preço vale metade (50%) no coeficiente de ponderação.
Ao mesmo tempo, a empresa municipal quer que a entidade vencedora tenha “experiência de utilização da bicicleta” e “componentes funcionais da bicicleta”, valendo estes fatores 30% e 10%, respetivamente.
A EMEL vai ainda ter em conta a imagem do sistema das bicicletas partilhadas, fator que também vale 10%.
Na informação enviada à Lusa, a empresa municipal frisa que “assegurará […] em conjunto com a Câmara todo o planeamento da rede e tarifário do SBPP, a sua evolução ao longo do tempo e a integração com outras soluções tecnológicas que contribuam para melhorar a mobilidade na cidade”.
Em junho, em declarações à Lusa, o presidente do conselho de administração da EMEL, Luís Natal Marques, anunciou que a empresa iria criar uma rede de 1.200 (agora passaram a ser 1.400) bicicletas partilhadas, distribuídas pela zona alta da cidade e pela frente ribeirinha, projeto que deverá estar em funcionamento no próximo ano.
No Plano de Atividades e Orçamento 2015 da EMEL, aprovado em maio pelo executivo municipal (de maioria PS), está inscrita uma verba de perto de dois milhões de euros para “estudo e desenvolvimento” desta rede de bicicletas.