Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo lamentou a suspensão por doping de Raúl Alarcón, antecipando um “ajustamento” nos resultados da Volta a Portugal, mas destacou que estas notícias “negativas” fazem parte do processo de credibilização da modalidade.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) manifestou a sua tristeza, embora sublinhando que as pessoas “têm de continuar a acreditar” na modalidade.
O espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto), vencedor da Volta a Portugal em 2017 e 2018, foi suspenso por quatro anos por “uso de métodos e/ou substâncias proibidas”, segundo a lista atualizada de suspensões da União Ciclista Internacional (UCI).
Segundo a lista de suspensões atualizada na terça-feira pela UCI, os resultados desportivos de Alarcón são anulados entre 28 de julho de 2015 e 21 de outubro de 2019, pelo que o espanhol ‘perde’ as Voltas a Portugal conquistadas.
O ciclista de 34 anos, que está suspenso até 20 de outubro de 2023, venceu a Volta a Portugal de 2017 diante de Amaro Antunes, campeão da edição especial da prova celebrada no ano passado, e no ano seguinte bateu o também português Jóni Brandão.
Delmino Pereira admitiu que as classificações da Volta a Portugal, assim como de outras provas em que o alicantino participou, deverão sofrer “ajustamentos”.
“Vamos aguardar exatamente a decisão do caso em concreto, a comunicação da UCI ao pormenor, e [a classificação] será ajustada em função dos pormenores que venham desta decisão. Haverá uma atualização de todos os resultados” relativamente a esse período, explicou.
A FPC ainda não foi notificada pela UCI, uma vez que Alarcón é filiado na federação espanhola.