Raúl Alarcón (W52-FC Porto), vencedor da Volta a Portugal em 2017 e 2018, foi suspenso por quatro anos por “uso de métodos e/ou substâncias proibidas”, segundo a lista atualizada de suspensões da União Ciclista Internacional (UCI).
O ciclista de 34 anos, que está suspenso até 20 de outubro de 2023, venceu a Volta a Portugal de 2017 diante de Amaro Antunes, campeão da edição especial da prova celebrada no ano passado, e no ano seguinte bateu o também português Jóni Brandão.
“Tenho em meu poder pareceres médicos absolutamente concludentes no sentido de que não existiu nenhuma violação pela minha parte a normas antidopagem. Vou, por isso, tentar, com todas as minhas forças, demonstrar no processo que me é levantado que estou inocente e que não pratiquei qualquer infração”, afirmou então, numa publicação na rede social Facebook.
Anteriormente mais voltado para as chegadas rápidas, o portento espanhol transformou-se em ‘voltista’, num salto de qualidade que o levou a ‘explodir’ na temporada de 2017, ano em que conquistou a Volta às Astúrias à frente do ‘colosso’ colombiano Nairo Quintana, antes de triunfar na Volta a Portugal, com duas etapas vencidas.
No ano seguinte, Alarcón repetiria o feito, desta vez com três triunfos em etapa, num domínio arrasador que o levou a vestir também a camisola da montanha final e a ser segundo nos pontos.
Alarcón é o quinto corredor a perder o triunfo na Volta a Portugal por doping, depois de Marco Chagas (1979), Joaquim Agostinho (1969 e 1973), Fernando Mendes (1978) e Nuno Ribeiro, atual diretor desportivo da W52-FC Porto, em 2009.