A UCI adotou o seu primeiro protocolo para gerir concussões cerebrais, um projeto iniciado há mais de um ano e relançado pelo acidente do francês Romain Bardet na Volta a França.
O caso do ciclista francês ilustra a “dificuldade de detetar suspeitas de concussões num desporto de ritmo rápido”, onde é impossível parar a corrida para avaliar um corredor com uma possível comoção cerebral, refere em comunicado a UCI.
Os sete especialistas reunidos desde setembro de 2019 pela UCI apontaram os sinais de “retirada imediata” do atleta, identificáveis sem treino médico pelas primeiras pessoas a chegar ao local de uma queda.
Convulsões, vómitos, olhar ausente, lesão facial, desorientação, dores no pescoço, dores de cabeça, visão dupla são algumas das “bandeiras vermelhas” que a UCI considera sinónimos de abandono forçado.
Se o corredor parecer lúcido, mas o choque foi violento ou o capacete está rachado, o primeiro médico presente no local pode fazer uma avaliação rápida, com a realização de perguntas básicas.
Conforme o tempo for passando, devem ser ainda colocadas ao ciclista acidentado perguntas padrão, testes de equilíbrio, palavras para lembrar e números a serem repetidos ao contrário.
A UCI aponta para a realização de outros dois exames, desta vez mais completos, na mesma noite e no dia seguinte, “para detetar os sinais que apenas aparecem mais tarde”.
Em caso de concussão, está prevista a retoma gradual da atividade, mas os corredores serão proibidos de competir até, pelo menos, sete dias após o desaparecimento dos sintomas (14 para os ciclistas juniores).
O documento completo pode ser consultado em www.uci.org.