Os 98 quilómetros da maratona germânica eram marcados por muito terreno a rolar, o que obrigou os trepadores mais fortes a aproveitar as poucas subidas do terreno. Foi o que fez Tiago Ferreira, na defesa do título mundial conquistado na época passada.
“Nos poucos topos aumentei o ritmo, sem ir ao limite, mas testando os adversários e tentando reduzir o grupo da frente. Ficou um grupo com cerca de dez corredores. Na subida mais longa em alcatrão, eu e o Lakata acelerámos, reduzindo a frente da corrida a quatro corredores”, explica Tiago Ferreira.
O quarteto era constituído pelo corredor português, pelos austríacos Alban Lakata e Daniel Geismayr e pelo holandês Mathieu van der Poel. A cerca de 15 quilómetros do fim, após nova investida de Tiago Ferreira e de Alban Lakata, o holandês ficou para trás. A corrida acabaria disputada ao sprint.
O selecionador nacional de BTT, Pedro Vigário, mostrou-se feliz com o desempenho de Tiago Ferreira. “Foi mais um dia espectacular do Tiago. Fez uma excelente corrida, a nível tático e físico, escrevendo outra página brilhante do ciclismo português. Merece por tudo aquilo que trabalhou para aqui se apresentar ao mais alto nível”, afirma Pedro Vigário.
Portugal também esteve representado por Luís Leão Pinto e por José Dias. O primeiro esteve bem, na fase inicial da corrida, mas uma queda acabaria por deixá-lo fora da prova. José Dias estreou-se em bom nível em mundiais de XCM, rodando perto da cabeça de corrida na primeira metade da prova, cedendo apenas na fase final, terminando no 40.º lugar – entre quase 200 participantes -, a 13m03s.