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Remco Evenepoel vence terceira etapa e assume liderança da geral da Vuelta a España

photo Rafa Gomez/SprintCyclingAgency©2023
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Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep) venceu hoje a terceira etapa da Vuelta a España, a primeira com chegada em alto, e alcançou em Andorra uma liderança “infeliz” pelo trabalho a que obrigará a equipa.

Remco Evenepoel vence terceira etapa e assume liderança da geral da Vuelta a España
photo Rafa Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Evenepoel, campeão em 2022, cortou a meta em 4:15.39 horas, ao cabo de 158,5 quilómetros entre Suria e Arinsal, em Andorra, um segundo mais rápido do que um lote de favoritos à vitória final, com o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), bicampeão do Tour, em segundo, e o espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates) em terceiro.

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Nas contas da geral, o belga, que caiu após a meta e abriu o sobrolho, assume a camisola vermelha, de líder da geral, com cinco segundos de vantagem para o espanhol Enric Mas (Movistar), segundo, e 11 segundos face ao francês Lenny Martinez (Groupama-FDJ), terceiro.

photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

João Almeida (UAE Emirates) foi o melhor português na etapa, em nono, e agora é 13.º da geral, a 42 segundos do líder, na primeira chegada em alto nesta Vuelta após dois dias ‘atípicos’ – o contrarrelógio por equipas de abertura esteve repleto de problemas e a segunda tirada foi afetada pelo mau tempo.

Depois do ‘azar’ na Volta a Itália, que abandonou com covid-19 quando liderava a corrida, o belga refez-se com um título mundial de contrarrelógio e a vitória na Clássica San Sebastián, somando hoje novo triunfo ao mais alto nível.

A fuga do dia, numerosa, só por momentos tinha ameaçado o pelotão e roubar aos favoritos a ‘roja’ de líder, apesar das duas contagens de primeira categoria no final da etapa, no Coll d’Urdino e na meta, em Arinsal.

O último sobrevivente do dia, o alemão Lennard Kämna (BORA-hansgrohe), foi apanhado já muito perto da meta, embora seja um candidato ao top 10 final, já depois de o italiano Damiano Caruso (Bahrain-Victorious), que chegou a ser líder virtual, ter pagado o esforço da jornada.

photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Um ataque de Juan Ayuso foi o primeiro ‘disparo’ entre os favoritos, mas foi seguido pelo norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma), e Marc Soler (UAE Emirates) também não foi bem sucedido.

O duelo final ficou para as últimas centenas de metros e foi aí que Evenepoel se mostrou, ao isolar-se de todos e aguentar a perseguição de Vingegaard para erguer os braços – só foi derrubado pouco depois da meta, ao embater numa mulher entre a ‘confusão’ pós-chegada.

“Foram 50 metros após a meta, é o terceiro dia seguido [com problemas de segurança] e já me irrita. (…) Hoje, tivemos tática perfeita, ao sermos pacientes. Descemos do Ordino na frente, senti-me superbem na subida final e estou superfeliz”, declarou, após a vitória.

O campeão do mundo de contrarrelógio foi questionado sobre a liderança prematura, que “infelizmente” chegou, apesar de ter reiterado, mesmo antes do arranque da Vuelta, que não a quereria.

A piada em torno da infelicidade foi desfeita mais tarde, porque quer “desfrutar” da liderança, que mostra “que a preparação foi bem feita e uma bela vitória no alto”, mas coloca sob pressão a equipa desde cedo, obrigada a trabalhar para defender a camisola vermelha.

photo Rafa Gomez/SprintCyclingAgency©2023

A Jumbo-Visma parece, para já, a mais forte contendora à edição de 2023 e coloca quatro ciclistas nos primeiros 15 da geral, ‘ameaçando’ com Jonas Vingegaard, Primoz Roglic (tricampeão entre 2019 e 2021) e Sepp Kuss a liderança do belga, com Enric Mas já no segundo lugar e a UAE Emirates ausente do top 10.

João Almeida é 13.º e o melhor do contingente luso, a 42 segundos, com Ruben Guerreiro (Movistar) a subir hoje ao 39.º posto, a 3.12 minutos.

Nelson Oliveira (Movistar), que era sexto, trabalhou em prol do líder e é 63.º, a 9.54 minutos, com Rui Costa (Intermarcé-Circus-Wanty) em 119.º, já a 22 minutos. André Carvalho (Cofidis) é 155.º e Rui Oliveira (UAE Emirates) 168.º.

Na terça-feira, a quarta etapa sai de Andorra la Vella e faz a caravana regressar a Espanha, após a primeira chegada em alto, através de 184,6 quilómetros que terminam em Tarragona.

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