A região Centro vai, nos próximos anos, ter mais três percursos cicláveis, que totalizarão mais de 200 quilómetros, cujos contratos de financiamento do Programa Valorizar foram celebrados esta terça-feira.
A Ecopista do Vouga, que atravessará os concelhos de Viseu, S. Pedro do Sul, Oliveira de Frades e Vouzela, é a obra mais cara, com um investimento total de 3,371 milhões de euros.
Segundo o responsável, a ecopista será toda construída em terra batida, em cima da antiga linha ferroviária do Vouga.
“Vamos ficar com a maior ecopista da Península Ibérica (ao juntar a do Dão com a do Vouga), com ligação charneira no concelho de Viseu”, frisou.
“Obviamente, temos que garantir todas as condições de segurança aos ciclistas e pedestrianistas que passam nesta infraestrutura e temos de fazer toda a requalificação dessas obras de arte”, justificou.
Depois de hoje ter sido assinado o contrato de financiamento, a CIM Viseu Dão Lafões vai firmar um contrato interadministrativo com os quatro municípios envolvidos no projeto para que possa lançar a empreitada de construção civil.
O responsável espera que o contrato interadministrativo seja aprovado em junho nas assembleias municipais de cada município para que a CIM possa “lançar o concurso público logo de seguida, porque o projeto está com grande maturidade”, uma vez que o projeto de execução já está concluído.
A obra “poderá demorar entre 18 a 24 meses”, acrescentou.
“É um projeto que pretende acrescentar valor a um produto já por si com muito valor, que é a Ecopista do Dão, numa lógica de complementaridade, de reforçar aquilo que é o posicionamento deste produto”, disse à agência Lusa o secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito.
Serão usados “os recursos de vias existentes que serão reconfigurados para uso da ciclovia”, acrescentou.
Já o projeto EuroVelo1 – Rota da Costa Atlântica irá desenvolver-se no litoral, numa extensão de 79 quilómetros, e representa um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros.
“É numa lógica territorial completamente diferente, mas sempre numa lógica de complementaridade. O que nós queremos é que o turista que procura este tipo de produto possa andar no litoral, mas no dia seguinte possa andar no interior, em paisagens diferentes, complementando com a gastronomia e o património cultural”, disse Jorge Brito.
Jorge Brito espera “que o projeto esteja pronto em quatro ou cinco meses e depois, até final de 2019, se não ter a totalidade da obra feita, ter grande parte da obra feita”.