A Ciclovia do Mondego, uma obra da rota Eurovelo 1 – um projeto da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC) que se integra na rota europeia da Costa Atlântica.
Fora desta empreitada, mas integrada no percurso da Eurovelo 1, está a nova ponte sobre o rio Mondego, a leste da Figueira da Foz, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda, com uma faixa de rodagem para automóveis e via ciclável e pedonal, cujo concurso será lançado este mês, num investimento de mais de quatro milhões de euros, disse hoje o presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro (PS).
A nova ponte, que terá também um prazo de construção de 18 meses, tinha, em março, um custo total estimado de 3,4 milhões de euros: “Hoje, com o custo de materiais e a falta de materiais, já vai em mais de quatro milhões”, referiu.
Já na sua intervenção na sessão de assinatura do auto de consignação da obra, o autarca lembrou os “muitos meses” que mediaram entre a assinatura do contrato e a autorização do Tribunal de Contas “porque a obra é plurianual”.
O autarca destacou as vantagens da ciclovia e das bicicletas que nelas transitam, por um lado como contribuição para a redução de gases de efeito de estufa e, por outro, no caso da Eurovelo 1, que acompanha “toda a costa litoral do território da CIM”, porque “reforça a coesão territorial” entre três concelhos “próximos e confinantes”.
Esse reforço, explicou Carlos Monteiro, passa pela requalificação das estradas florestais existentes que atravessam as matas nacionais dos três municípios, há anos sem intervenção e com troços perfeitamente intransitáveis, e que agora vão ser intervencionadas para receber a via ciclável.
“Não vamos impermeabilizar mais território, vamos sim recuperar aquele que já estava impermeabilizado”, adiantou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, alegando que a recuperação do piso das vias florestais “era muito desejada por todos”, nomeadamente os residentes nas zonas por onde passará a Ciclovia do Mondego.
Para além do piso recuperado das estradas florestais, a nova via ciclável terá troços “compactados” (em terra batida) e outros pavimentados, e, “além da componente funcional, tem uma forte componente turística”, indicou.
“Passaram quatro anos para começar a obra”, sublinhou Raul Almeida, lembrando o longo percurso”, com vários pareceres de diversas entidades e o visto do Tribunal de Contas, que “demorou seis meses”.
Presente na sessão, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, agradeceu o contributo dos municípios “para o turismo no território”, argumentando que a Entidade Regional de Turismo do Centro “pouco ou nada pode fazer, se não tiver a matéria-prima” que são as infraestruturas no terreno.
“Com a ambição da infraestruturação dos territórios, podemos responder com a parte mais fácil, que é o financiamento, em boa verdade. Grande parte do trabalho, a força motriz, está do lado dos territórios e estou grata com todo o trabalho que tem sido desenvolvido”, enfatizou a governante.