A crise económica que Portugal viveu recentemente obrigou os portugueses a redefinir prioridades e a gerir melhor a forma como gastam o seu dinheiro, levando à concentração dos gastos em bens de primeira necessidade.
Mas nos últimos anos, também com a melhoria das condições de vida da população, cresceu a atenção em relação à prática de exercício físico e a uma alimentação mais saudável. Ainda assim, e de acordo com os dados veiculados pelo Observador Cetelem, os números continuam a ser insuficientes.
Ainda que se verifique um aumento na preocupação com a saúde, a verdade é que apenas 32% dos inquiridos pelo Observador Cetelem afirmam praticar exercício físico, sendo esta prática mais comum juntos dos habitantes que vivem em meios urbanos.
Deste terço da população portuguesa, destacam-se os homens, sobretudo os que têm entre 18 e 34 anos (63%). Pelo contrário, no grupo que se afasta dessa atividade, está a geração entre os 45 e os 65 anos (49%) e as mulheres (56%).
Refira-se que o Global Physical Activity Observatory calcula que 13,6% do total de mortes prematuras em Portugal são atribuídas à inatividade física, contra a média global de 9%. E, segundo informação prestada pela Direção Geral de Saúde, a falta de inatividade física acarreta para Portugal custos estimados de, pelo menos, 900 milhões de euros.
Motivações e obstáculos à prática de desporto
Entre as motivações para a prática de exercício físico destaca-se a manutenção da forma física (64%) que leva a que 62% dos inquiridos faça três a quatro treinos por semana. Contudo, este não é o único motivo que leva os portugueses a exercitar o corpo.
Mas a grande maioria da população (68%) ainda não se dedica à prática de atividade física, sendo a principal razão para este facto a falta de tempo (40%), a falta de gosto (23%) ou de vontade (17%).
As limitações financeiras são também apontadas, assim como motivos de saúde, falta de companhia ou o facto de não ver resultados práticos no esforço investido.
O trabalho de campo foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen e um erro máximo de +4,0 para um intervalo de confiança de 95%.