André Carvalho disse hoje que a saída da norte-americana Hagens Berman Axeon para a francesa Cofidis, do WorldTour, é “um sonho tornado realidade”.
A oito dias do 23.º aniversário, o luso natural de Vila Nova de Famalicão espera poder, em 2021, “aprender e evoluir gradualmente”, mas não esconde que “o maior sonho é participar nas clássicas do Norte, a Volta a Flandres e o Paris-Roubaix”.
O jovem integrava a Hagens Bermans Axeon desde 2019, quando foi quinto nas corridas de sub-23 das clássicas Liège-Bastogne-Liège e Paris-Roubaix, depois de ter alinhado na Liberty Seguros-Carglass e também ter passado, em 2017, pelos italianos do Cipollini Iseo Serrature Rime.
Carvalho segue o caminho de vários ciclistas que hoje dão cartas nas principais provas e que passaram pela formação fundada por Axel Merckx, como João Almeida (Deceuninck-QuickStep) ou Ruben Guerreiro (Education First), mas também o belga Jasper Philipsen (UAE Emirates) ou o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), além dos irmãos portugueses Ivo Oliveira e Rui Oliveira, também da UAE Emirates.
No Twitter, Axel Merckx destacou Carvalho como um “ciclista de classe mas, acima de tudo, uma pessoa de classe”, antes de lhe escrever um “obrigado” em português e dar os parabéns “a todos” na Cofidis.
Num ano “bastante estranho”, acabou por fazer uma época que “não foi excelente mas também não foi má”, tendo cumprido os objetivos propostos pela equipa norte-americana até à “cereja no topo do bolo”, a Cofidis.
O principal destaque nas corridas de 2020 foi o 10.º lugar no Grande Prémio de Isbergues, com a participação de várias equipas WorldTour.
Na Hagens Berman Axeon continua o português Pedro Andrade, que viveu em 2020 o primeiro ano fora do país, após o corredor de 20 anos ter representado, em 2019, a Vito-Feirense.