O ciclista português André Cardoso anunciou hoje que pretende angariar fundos para uma “batalha legal” com a UCI, no sentido de “limpar o nome”, depois de ter sido sancionado com quatro anos de suspensão.
No entanto, quando a sua amostra B foi testada pelo Laboratoire Suisse d’Analyse du Dopage em Lausana, na Suíça, o laboratório registou um resultado inconclusivo, afirmando que a urina testada era “duvidosa, mas inconclusiva em relação à presença de EPO recombinante”.
O resultado negativo de uma amostra B deveria sobrepor-se a um resultado positivo da amostra A, mas, ao ser condiderado “atípico”, o caso ficou na interpretação da União Ciclista Internacional (UCI), que acabou por sancionar o atleta com quatro anos. O processo demorou mais de um ano, tendo o veterano português (34 anos) sido provisoriamente suspenso pela UCI poucos dias antes do início da Volta a França 2017, na qual estava previsto competir.
“Percebemos isso quando contrataram um dos principais escritórios de advocacia da Suíça e praticamente todos os médicos especialistas que nos poderiam ajudar a provar o nosso caso. Porque é que fizeram isso num caso que afirmam ser completamente claro? Se fosse um caso simples, ficaria encerrado rapidamente”, refere ainda.