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A neve parou a primeira etapa do Gran Camiño

photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023
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A neve intensa e a vontade dos ciclistas, que decidiram travar a marcha do pelotão, levaram hoje ao cancelamento da primeira etapa do Gran Camiño, sem vencedor ‘decretado’ e sem líder da geral.

A neve parou a primeira etapa do Gran Camiño
Photo by Tim de Waele/Getty Images

A neve, que tinha aparecido fugazmente no início da tirada, em Lugo, tornou-se intensa à entrada dos derradeiros 30 dos 188 quilómetros da primeira etapa e levou o pelotão, por iniciativa da Cofidis e com a conivência da Jumbo-Visma de Jonas Vingegaard, a deter-se 10 quilómetros mais adiante, com receio do que poderia acontecer na descida posterior ao alto de Montán.

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Os flocos robustos deixaram os ciclistas sem visibilidade e a prova galega sem vencedor da primeira etapa, uma decisão imediata que contrastou com a longa demora para definir se haveria ou não líder da geral – depois de mais de 01:30 horas de reunião, o colégio de comissários decidiu que as bonificações disputadas hoje contarão após a etapa de sexta-feira.

Photo by Tim de Waele/Getty Images

A neve ‘saudou’ o início da segunda edição do Gran Camiño, aparecendo na partida da primeira etapa, em plena Muralha de Lugo, testemunha das primeiras pedaladas de Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), o campeão em título do Tour, nesta temporada.

Foi precisamente o dinamarquês, de 26 anos, o primeiro protagonista da prevista ligação de 188 quilómetros até Sarria, sprintando para conquistar três segundos de bonificação na meta volante instalada em Guntin (16,7km), um gesto que denunciou a sua intenção de sair com um bom resultado da prova galega.

Distribuídas as primeiras bonificações, a fuga do dia teve autorização para formar-se, mas foi preciso esperar quase 40 quilómetros para que Venceslau Fernandes (AP Hotels & Resorts /Tavira / Sporting Clube Farense) se juntasse aos consagrados Gianni Moscon (Astana) e Francesco Gavazzi (EOLO-Kometa) e a outros seis ciclistas para animar a jornada.

photo Luis Angel Gomez/SprintCyclingAgency©2023

Os fugitivos chegaram a ter quase três minutos de vantagem sobre o pelotão, comandado pela Jumbo-Visma, com a ajuda de Movistar e Cofidis, as principais equipas em competição.

Sob chuva intermitente, mas, a espaços fortes, e com temperaturas a rondar os zero graus, o pelotão foi percorrendo o ‘Caminho de Lugo’, como foi batizada a primeira etapa – as quatro têm nomes relacionados com os itinerários do Caminho de Santiago -, e enfrentando os ‘caprichos’ da meteorologia.

As imagens dos ciclistas a lutar contra o frio marcaram a primeira tirada, na qual também houve queda de granizo e em que o ‘staff’ das equipas teve de fazer verdadeiros malabarismos para calçar luvas, vestir casacos e tentar reduzir o sofrimento dos corredores, com os rostos parcialmente escondidos por golas raramente usadas na modalidade.

As condições impiedosas, agravadas com a queda intensa de neve a partir dos 30 quilómetros finais, levaram o pelotão a pôr o pé do chão e a obrigar ao cancelamento da etapa, a 20 quilómetros da meta, quando ainda seguiam fugidos Moscon, Sebastian Schönberger (Human Powered Health) e Vicente Hernaiz (Rádio Popular-Paredes-Boavista), que tinha saltado do pelotão.

Já os ciclistas do pelotão entravam nos carros das suas equipas quando os homens da frente pararam, provocando uma grande incógnita no desfecho da jornada, que não teria vencedor, nem cerimónia de pódio, nem mesmo líder da geral, mas sim Vingegaard como dono da camisola por pontos e Gavazzi como ‘rei’ da montanha.

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