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O holandês Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma) venceu hoje ao ‘sprint’ a quarta etapa da Volta ao Algarve em bicicleta, depois de duas vitórias em 2018, enquanto o camisola amarela, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Team Emirates), perdeu tempo.

Ao fim dos 198,3 quilómetros que ligaram Albufeira a Tavira, o holandês teve um problema nos últimos quilómetros mas recuperou para se impor no ‘sprint’, batendo o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ), segundo, e o belga Jasper Philipsen (UAE Team Emirates), terceiro, ao fim de 4:56.07 horas.

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“Na primeira etapa tivemos azar [com uma queda que o afastou da discussão da etapa], mas hoje vingámo-nos. Tive alguns problemas na bicicleta, no fim, mas a minha equipa recuperou-me e fizeram um bom ‘comboio’”, destacou, no final, o vencedor da tirada, mostrando-se “orgulhoso” dos colegas e “feliz” por vencer.

Este é o segundo triunfo do holandês de 25 anos na temporada, depois de já ter vencido uma etapa na Volta à Comunidade Valenciana, sendo que os triunfos na ‘Algarvia’ em 2018 o lançaram para uma boa época.

Em 2018, venceu uma etapa do Paris-Nice, três (de quatro) da Volta à Noruega e mais uma na Eslovénia, antes de conseguir duas vitórias na Volta a França, que acabou por abandonar a meio.

O melhor português do dia foi Samuel Caldeira (W52-FC Porto), que admitiu no final ter perdido “muita energia à procura da melhor roda”, terminando no 15.º posto.

Na geral, e depois de um dia que parecia ‘tranquilo’ para os candidatos à vitória final, o camisola amarela acabou por perder sete segundos devido a um corte entre os primeiros 25 lugares e os restantes membros do pelotão.

O dinamarquês Soren Kragh Andersen (Sunweb) subiu ao segundo posto, agora a 29 segundos de Pogacar, com o holandês Wout Poels (Sky) a chegar ao terceiro, a 30, um segundo a menos do que o espanhol Enric Mas (Deceuninck-Quick Step), que também foi afetado e caiu para quarto.

O melhor português na geral é o algarvio Amaro Antunes (CCC), no 10.º lugar, a 2.36 minutos da liderança.

A fuga do dia partiu cedo e teve cinco elementos, que chegaram a ter mais de seis minutos de vantagem, sendo apanhados a 20 quilómetros da meta.

David Ribeiro (LA Alumínios-LA Sport) atacou de surpresa e conseguiu ser primeiro em Pisa Barro, na luta pela classificação de montanha, numa tentativa que também contou com José Mendes (Sporting-Tavira).

Com os ‘comboios’ já formados, a Jumbo-Visma teve de ‘resgatar’ Dylan Groenewegen, afetado por problemas mecânicos, mas não só recolou ao pelotão como entrou no último quilómetro a liderá-lo.

Na curva para a meta, a 500 metros do fim, o holandês, que já tinha vencido a primeira e quarta etapas da ‘Algarvia’ em 2018 não facilitou e impôs-se aos adversários, erguendo os braços perante o público em Tavira.

Declarações após a quarta etapa da 45.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, entre Albufeira e Tavira, vencida pelo holandês Dylan Groenewegen (Jumbo-Visma):

Dylan Groenewegen (corredor da Jumbo-Visma e vencedor da quarta etapa): “Na primeira etapa tivemos azar, então hoje vingámo-nos. Tive alguns problemas na bicicleta, mas a minha equipa recuperou-me.

Fizeram um bom ‘comboio’ e foi uma vitória bonita. Foi bom ganhar, em Valência [na Volta à Comunidade Valenciana] e agora aqui. Para um ‘sprinter’ é importante ganhar.

Tinha energia para o final, mas a equipa ajudou-me bastante e estou muito orgulhoso deles.

Adoro o Algarve, com muitas pessoas, e muitas pessoas holandesas, por isso é ótimo”.

Tadej Pogacar (corredor da UAE-Emirates e líder da classificação geral): “Hoje foi um dia bastante comum, com tudo sobre controlo. Estou confiante e motivado para domingo. A minha equipa vai fazer tudo para me apoiar, para que possamos ganhar a classificação geral.

Vamos afinar a estratégia mais tarde, mas vamos ter de fazer tudo para defender a amarela.

No domingo, há bastantes subidas antes do final, com muitas subidas pequenas, e teremos de ter cuidado em cada quilómetro. O momento decisivo é mesmo a última subida ao Malhão”.

Samuel Caldeira (corredor da W52-FC Porto e melhor português na etapa, no 15.º lugar): “Para mim é sempre uma lotaria, ando sempre a escolher a melhor roda e gasto sempre muita energia para me colocar. Depois, é esperar que as coisas me saiam bem. Na reta final, foi só ‘sprintar’ até à meta”.

Classificações da 45.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, após a quarta etapa, uma ligação de 198,3 quilómetros entre Albufeira e Tavira:

Classificação da etapa:
1. Dylan Groenewegen, Hol (Jumbo-Visma), 4:56.07 horas. (média: 40,18 km/hora)
2. Arnaud Démare, Fra (Groupama-FDJ), m.t.
3. Jasper Philipsen, Bel (UAE-Emirates), m.t.
4. Pascal Ackermann, Ale (BORA-hansgrohe), m.t.
5. Simone Consonni, Ita (UAE-Emirates), m.t.
6. Jasper de Buyst, Bel (Lotto Soudal), m.t.
7. Timothy Dupont, Bel (Wanty-Groupe Gobert), m.t.
8. Jens Debusschere, Bel (Katusha-Alpecin), m.t.
9. Mike Teunissen, Hol (Jumbo-Visma), m.t.
10. Jon Aberasturi, Esp (Caja Rural-RGA), m.t.

Classificação da geral individual:
1. Tadej Pogacar, Slo (UAE-Emirates), 15:12.28 horas.
2. Soren Kragh Andersen, Din (Sunweb), a 29 segundos
3. Wout Poels, Hol (Sky), a 30.
4. Enric Mas, Esp (Deceuninck-Quick Step), a 31.
5. David de la Cruz, Esp (Sky), a 57.
6. Sam Oomen, Hol (Sunweb), a 1.28 minutos.
7. Zdenek Stybar, Che (Deceuninck-Quick Step), a 2.12.
8. Neilson Powless, EUA (Team Jumbo-Visma), a 2.13.
9. Marc Hirshi, Sui (Sunweb), a 2.35.
10. Amaro Antunes, Por (CCC), a 2.36.

No domingo, a quinta e última etapa apresenta a decisiva subida dupla ao alto do Malhão, em Loulé, depois da partida em Faro.

Ao longo de 173,5 quilómetros, os ciclistas atravessam três contagens de montanha de terceira categoria, além das duas subidas ao Malhão, primeiro aos 127,6 quilómetros e depois nos últimos três, culminando no topo com o vencedor da 45.ª edição.

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