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O campeão da Alemanha de fundo, André Greipel (Lotto Soudal), venceu a quarta etapa da Volta ao Algarve, em Tavira, num despique com o compatriota John Degenkolb (Trek-Segafredo), apenas deslindado pelo recurso ao photo finish.

Os 203,4 quilómetros que ligaram Almodôvar a Tavira terminaram de forma apoteótica. Milhares de pessoas puderam assistir a um sprint entusiasmante, do qual saiu vencedor André Greipel, com uma diferença de cerca de um pneu para John Degenkolb. O terceiro foi o campeão holandês de fundo, Dylan Groenewegen.

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André Greipel lançou o sprint mais cedo e quase foi surpreendido pela inclinação dos últimos 50 metros, tendo de sofrer para resistir à aproximação de John Degenkolb. Greipel conseguiu a segunda vitória pessoal em Tavira – a outra foi em 2011 – e prolongou o domínio germânico na cidade do Gilão: nas últimas cinco vezes que uma etapa da Volta ao Algarve terminou em Tavira ganharam alemães.

A chegada em pelotão compacto ficou garantida a dois quilómetros da meta, quando foi anulada a fuga do dia, protagonizada, desde o quilómetro 6, por Ryan Mullen (Cannondale Drapac), Dion Smith (Wanty-Groupe Gobert), Taco van der Hoorn (Roompot-Nederlanse Loterij) e João Matias (LA Alumínios-Metalusa BlackJack). O luso descolou da frente a cerca de 40 quilómetros do fim, mas o trio de forasteiros obrigou o pelotão a trabalhos forçados para garantir uma nova oportunidade aos sprinters.

“A fuga dificultou-nos bastante a preparação da chegada, pois gastamos quase metade da equipa a perseguir. No final encontrei-me numa boa posição e arranquei no momento certo. Já aqui ganhei em Tavira mas no ano passado não pude disputar o sprint. Desta vez tive a sorte comigo. Foi um sprint bem disputado, lado a lado com o Degenkolb, mas felizmente consegui ganhar. É sempre bom sinal ganhar aqui no Algarve”, reconheceu André Greipel.

Como se esperava, a etapa deste sábado não teve consequências em termos de geral individual. O esloveno Primoz Roglic (Team Lotto NL-Jumbo) segurou a Camisola Amarela Turismo do Algarve. É perseguido de perto pelo polaco Michal Kwiatkowski (Team Sky), a 22 segundos, e pelo espanhol Jonathan Castroviejo (Movistar Team), a 36 segundos.

Amanhã tudo deverá ser diferente. A quinta e última etapa vai ligar o centro de Loulé ao alto do Malhão, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de segunda categoria. Nos últimos 62 quilómetros, os corredores vão subir quatro montanhas, num percurso todo de sobe e desce, que inclui uma primeira passagem no Malhão, a 41,5 quilómetros do fim.

Com este traçado e com as diferenças entre candidatos já, de certa forma, significativas, as equipas que pretenderam dar a volta à classificação terão de atacar de longe, fomentando o espectáculo.

“Controlamos a etapa desde o início e foi bastante duro para toda a equipa. Iremos fazer o mesmo amanhã. É possível vencer a Volta ao Algarve no Malhão. Haverá seguramente muitos ataques mas estaremos preparados. O Kwiatkowski é o adversário mais perigoso, até porque é quem me ameaça mais na geral. Fisicamente sinto-bem e estou ansioso por amanhã. Daremos o nosso melhor”, promete Primoz Roglic.

As classificações secundárias também estão em aberto. André Greipel veste a Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos, Daniel Martin (Quick-Step Floors) segue na frente da lista de trepadores, envergando a Camisola Azul Liberty Seguros, e Tiesj Benoot (Lotto Soudal) tem no corpo a Camisola Branca SIcasal, de melhor jovem. A Movistar Team comanda por equipas.

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