A etapa começou muito veloz e dois dos mais fortes candidatos bonificaram nas metas volantes. Gustavo César Veloso (W52-FC Porto) ganhou dois segundos em Boticas e José Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA) amealhou um segundo em Valpaços. Foi, no entanto, com cerca de metade da distância percorrida que se deu o momento determinante.
A Efapel ontem terá exagerado no dispêndio de energia para defender uma camisola amarela que todos sabiam transitória. Hoje passou do 80 ao 8. Deixou os fugitivos ganharem mais de 10 minutos. Os alarmes soaram no pelotão e a LA Alumínios-Antarte, a Rádio Popular-Boavista e o Sporting-Tavira assumiram a perseguição. A diferença caiu, mas pouco, e teve de ser a Efapel a pagar a maior despesa, nos últimos 15 quilómetros, conseguindo que o pelotão cortasse a meta 3m50s depois do grupo de Rui Vinhas.
A discussão da etapa resumiu-se, contudo, a Clarke e Frapporti. O australiano mostrou melhor ponta final e bateu o transalpino ao sprint. O “pistard” Benjamin Thomas (Armée de Terre) foi o melhor do grupo de Vinha, terminando na terceira posição da etapa, a 54 segundos do vencedor. O pelotão entrou a 4m45s do primeiro.
“Foi uma corrida muito rápida desde o início. Isolei-me com o Frapporti e colaborámos bem. Nos últimos dois quilómetros, porque a vantagem sobre os perseguidores era grande, pudemos jogar taticamente para discutir a etapa”, explica William Clarke.
“A etapa começou muito movimentada e a nossa equipa colocou vários corredores em fuga para desgastar a Efapel, que estava a tentar controlar a corrida. Acabei por ficar na frente com o Joaquim Silva, que foi enorme no trabalho que fez para a conquista da camisola amarela. É uma sensação única vestir de amarelo na Volta a Portugal”, frisou Rui Vinhas.
O primeiro teste sério à condição dos favoritos está marcado para a quarta etapa, a disputar neste domingo, com a ligação de 191,9 quilómetros, entre Bragança e a Senhora da Graça. Além da subida final, de primeira categoria, os corredores vão encontrar outra subida do mesmo nível, na Barragem do Alvão.
Classificações
3.ª Etapa: Montalegre – Macedo de Cavaleiros, 158,9 Km
1.º William Clarke (Drapac), 3h49m50s (Média: 41,482 km/h)
2.º Marco Frapporti (Androni Giocattoli-Sidermec), a 2s
3.º Benjamin Thomas (Armée de Terre), a 54s
4.º Alex Diniz (Funvic Soul Cycles-Carrefour), mt
5.º Micael Isidoro (Louletano-Hospital de Loulé), mt
6.º Jon Insausti (Euskadi Basque Country-Murias),mt
7.º Carlos Parra (Boyacá Raza de Campeones), mt
8.º Rui Vinhas (W52-FC Porto), mt
9.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 4m45s
10.º Andrea Pasqualon (Team Roth), mt
Geral Individual
1.º Rui Vinhas (W52-FC Porto), 12h29m59s
2.º Daniel Mestre (Efapel), a 3m19s
3.º José Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA), a 3m21s
4.º Francesco Gavazzi (Androni Giocattoli-Sidermec), a 3m25s
5.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 3m29s
6.º Joni Brandão (Efapel), a 3m31s
7.º João Gaspar (Funvic Soul Cycles-Carrefour), a 3m34s
8.º Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), a 3m35s
9.º Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), a mt1
10.º Stefan Schumacher (Christina Jewelry), a 3m36s