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volta_a_portugal_216A distribuição aponta para 63,5 milhões de impacto indirecto e 12,7 milhões de euros em termos directos.

Realizada entre 29 de Julho e 9 de Agosto do ano passado, a 77ª edição da Volta a Portugal em bicicleta teve um impacto económico de 76,2 milhões de euros, segundo uma tese de mestrado (área de Economia, Gestão e Finanças) apresentada por quatro alunos da Universidade Nova de Lisboa – School of Business and Economics, de acordo com supervisão do professor José Rosário.

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A distribuição aponta para 12,761 milhões de impacto directo e, em relação ao impacto indirecto, “calculado com base na determinação do valor monetário das notícias (AVE – Advertising Value Equivalence) e das inserções publicitárias, a Cision apurou o montante de 63,5 milhões de euros”.

Para José Rosário, docente da área de Estudos de Mercado (Marketing), “o estudo sugere, entre outras conclusões relevantes, que a Volta proporciona um retorno financeiro positivo e largamente significativo às economias locais, não só por via de um aumento directo do consumo, mas também da exposição e visibilidade das localidades nos principais meios de comunicação. Mesmo a mais pequena das 21 localidades que receberam a Volta foi alvo de impacto positivo em função da passagem dos ciclistas”.

Sem ter em conta os espectadores posicionados ao longo do percurso, os que marcaram presença nas partidas e nas chegadas contribuíram com uma receita de 3,817 milhões de euros nos itens de transportes, alojamento e restauração.

No que diz respeito ao principal contributo resultou de “compras efectuadas por não residentes”: 2,516 milhões, isto é, 66% dos 3,817 milhões de euros referidos. As 16 equipas de ciclismo, os órgãos de comunicação social que seguiram a competição e patrocinadores gastaram, naqueles três campos, um total de 1,367 milhões. “Deste valor, 307,93 mil euros resultaram das equipas, 212,706 mil dos quais frutos das representações estrangeiras”, aponta o estudo.

Quanto aos patrocinadores, o valor aplicado nas três áreas, mas também em activações de marca e produção de mais de 1,4 milhões de brindes distribuídos na prova, situou-se nos 757,5 mil euros.

Organização e impacto indirecto

Da responsabilidade da organização da Volta houve os gastos de 975 mil euros em alojamento, transportes, restauração e logística, neste caso englobando 32 camiões TIR, 84 viaturas comerciais e 55 viaturas ligeiras, além da montagem diária de 32 tendas de patrocinadores. Além desse montante, a organização, a cargo da Podium, “gerou um impacto económico direto de mais 6,601 milhões de euros, distribuídos por prémios aos ciclistas, pessoal eventual, forças de segurança, campanhas de promoção, catering, ‘fees’, etc”.

“A marca Liberty Seguros está em Portugal desde 2003 e está associada ao ciclismo desde o início. Grande parte da notoriedade da Liberty Seguros hoje foi conquistada e construída com a associação ao desporto em geral e ao ciclismo muito em particular”, esclareceu Rodrigo Esteves, director de marketing corporativo e institucional da seguradora.

“Com o nosso investimento na Volta a Portugal acabamos por trabalhar várias dimensões, desde a notoriedade da marca, passando pela relação com a rede de distribuição até à área da responsabilidade social”, acrescentou.

A Volta a Portugal do ano passado, com um traçado total de 1.551 km em 70 concelhos do País, começou em Viseu e terminou em Lisboa, tendo a participação de 159 ciclistas de 16 equipas (seis portuguesas e 10 estrangeiras).

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