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A Rádio Popular-Boavista quer estar na discussão da Volta a Portugal em bicicleta como em anos anteriores, apesar do número excessivo de quilómetros de contrarrelógio, assumiu José Santos.

Volta a Portugal Rádio Popular-Boavista quer estar na luta, apesar do excesso de 'cronos' (3)“Em princípio, as perspetivas são as mesmas que as de anos anteriores. Não é por termos tido uma pandemia que serão diferentes. O Boavista, ao longo dos últimos anos, tem feito a sua Volta, tem estado sempre naquilo que chamamos a discussão da corrida, que é o que nos interessa”, declarou José Santos.

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Destacando ter uma equipa “jeitosa e versátil, com bons ciclistas, nomeadamente João Benta, Luís Fernandes, Gonçalo Carvalho e o “explosivo e combativo” Alberto Gallego, que pode protagonizar o papel de animador de etapas, o mais antigo diretor desportivo nacional garantiu querer concentrar-se na luta pela geral, ‘abdicando’ da revalidação do título da montanha, conquistado em 2019 pelo então ‘axadrezado’ Luís Gomes.

Volta a Portugal Rádio Popular-Boavista quer estar na luta, apesar do excesso de 'cronos' (3)“A montanha às vezes são situações de oportunidade: [entra numa] fuga, ganha pontos, e depois de ganhar pontos, concentra-se naquela classificação. Mas não será um objetivo que eu diga “’vamos para ganhar o prémio da montanha’”. Se surgir a oportunidade, como surgiu no ano passado… Se um ciclista nosso entrar numa fuga e ganhar uns pontos, pois então podemos focar-nos nessa classificação. Agora, a priori, vamos partir para a primeira etapa com outro objetivo”, explicou.

Para José Santos, esta Volta a Portugal “talvez seja um bocadinho diferente de anos anteriores, começa com as dificuldades e acaba com as facilidades”. “Vamos ver como as coisas correm, depois do quarto dia não há muito espaço para dar a volta à corrida”, considerou, antes de defender que, atendendo ao número de dias que a prova tem (nove, menos dois do que é habitual), ter duas etapas de contrarrelógio “não faz muito sentido”.

“Depois, as dificuldades no início da Volta ainda menos sentido fazem, mas não podemos estar aqui a criar muitas dificuldades porque é uma Volta de exceção. E esperemos que para o ano tudo volte à normalidade”, vincou.

O diretor da Rádio Popular-Boavista sublinhou que a edição especial da prova rainha do calendário nacional é “atípica” até pelo facto de começar com três chegadas em alto nas primeiras quatro etapas em linha.

“Se houvesse três ou quatro etapas com menos responsabilidade, que dessem para os ciclistas rolarem, se conhecerem, se compararem… Mais do que nunca, esta Volta teria que ter essa entrada. Esta entrada logo de morte, não é o melhor, seja para quem for. Até pode ser o melhor para nós, mas é uma autentica lotaria. Nós não temos competição, e entramos numa competição logo a matar… não me parece que seja a melhor solução, mas pelos vistos foi a única que foi possível”, concedeu.

Segundo José Santos, a corrida, inicialmente prevista entre 29 de julho e 09 de agosto, e adiada devido à pandemia de covid-19, estar na estrada é uma questão de trabalho e de reconhecimento por um desporto que, “neste momento, em termos de notoriedade, é a segunda modalidade desportiva do país”.

“Nem pensamos nisso. Sabemos que cada um tem de ter a sua responsabilidade, cada um é responsável por si. Naturalmente, por mais cuidados que as pessoas tenham, pode-se apanhar covid-19 em qualquer sítio. Mas, a priori, pelas condições e o grau de responsabilidade que foi exigido das pessoas nas provas que efetuámos até ao momento, leva-me a concluir que é capaz de correr tudo bem”, respondeu quando questionado sobre a possibilidade de haver casos positivos do novo coronavírus na prova.

Rádio Popular-Boavista

Equipa: João Benta (Por), Hugo Nunes (Por), Gonçalo Carvalho (Por), Luís Fernandes (Por), Daniel Silva (Por), Alberto Gallego (Esp) e David Rodrigues (Por).

Diretor desportivo: José Santos.

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