PUB
O alemão Marcel Kittel (Giant-Shimano) venceu ao sprint a primeira etapa da 101.º edição da Volta à França em bicicleta, disputada neste sábado, vestindo a camisola amarela de líder da mais importante prova do ciclismo mundial.

Kittel bateu sobre a chegada, no final dos 190,5 quilómetros da tirada, o eslovaco Peter Sagan (Cannondale) e o lituano Ramunas Navardauskas (Garmin-Sharp), depois de uma queda nos metros finais que pode ter afastado definitivamente do Tour o britânico Mark Cavendish (Omega Pharma-Quickstep), que cortou a meta em dificuldades.

Kittel cumpriu a primeira jornada, entre Leeds e Harrogate, no Reino Unido, em 4:44.07 horas e assumiu a liderança da geral da prova francesa, com o vencedor do ano passado, o britânico Chris Froome (Sky), a ser sexto.

A chegada em pelotão deu-se depois de o fugitivo da jornada, o alemão Jens Voigt (Trek), ter sido absorvido a 50 quilómetros da meta.

Dos cinco portugueses em prova, Tiago Machado (NetApp-Endura) foi o primeiro a chegar, no 23.º lugar, Rui Costa foi 31.º, o seu colega na Lampre-Merida Nelson Oliveira 63.º, Sérgio Paulinho (Tinkoff-Saxo) 136.º e José Mendes (NetApp-Endura) 139.º, todos com o mesmo tempo do vencedor.

A jornada começou em grande festa para o pelotão: em Leeds, 230 mil pessoas aclamaram os 198 participantes na 101.ª Grande Boucle, com os príncipes William e Harry e a duquesa de Cambridge a cortarem a fita que sinalizava o arranque para os 3664 quilómetros desta edição diante da elite da modalidade, que incluía o campeão do mundo, o português Rui Costa, após a escuta da Marselhesa e do “God Save the Queen”.

Primeiros quilómetros do Tour, primeira fuga, com os franceses Benoît Jarrier (Bretagne-Séché Environnement) e Nicolas Edet (Cofidis) a tentarem a sua sorte, mas a serem surpreendidos pelo veterano Jens Voigt.

A cumprir o seu 17.º Tour, um número que iguala o recorde estabelecido pelo norte-americano George Hincapie, o alemão, de 42 anos, fez menção de disputar um sprint intermédio e aproveitou a ocasião para deixar para trás os dois fugitivos, partindo em solitário ao quilómetro 77.

Interessado na camisola da montanha, que nunca foi ganha por um alemão, o corredor da Trek, que vestiu de amarelo nas edições de 2001 e 2005, foi incentivado pela multidão que encheu as estradas do Yorkshire, ganhou quatro minutos ao pelotão, vantagem que lhe permitiu manter-se na frente durante 50 quilómetros.

Ao mesmo tempo que Voigt era apanhado, o pelotão tentava manter à distância um grupo de grandes nomes, no qual seguiam Joaquim Rodriguez (Katusha), o terceiro classificado em 2013, ou Chris Horner (Lampre-Merida), vencedor da Volta à Espanha no ano passado, uma tentativa frustrada, que acabou com a reunião de todos no grupo.

Na aproximação a Harrogate, a Trek voltou a evidenciar-se, com Fabian Cancellara, o especialista na luta contra o cronómetro, a tentar isolar-se sob a marca de um quilómetro para a meta.

No entanto, o grande trabalho da Lotto-Belisol, do alemão Andre Greipel, e da Omega Pharma-Quickstep, do superfavorito Mark Cavendish – além de ser o ciclista presente na prova com mais vitórias (25), a sua mãe viveu durante vários anos nesta cidade -, anulou a iniciativa do suíço, adiando todas as decisões para o sprint.

Com o comboio da Omega Pharma-Quickstep na frente, o “Expresso da Ilha de Man”, como é conhecido Cavendish, desequilibrou-se na sequência de um ombro a ombro com o australiano Simon Gerrans (Orica-GreenEdge).

A queda envolveu outros ciclistas, como Michal Kwiatkoswki (Omega Pharma-Quickstep) e Andrew Talansky (Garmin-Sharp), que inicialmente apareceram na classificação com atrasos significativos, mas viram a diferença anulada pela regra de atribuir o mesmo tempo a todos os ciclistas quando ocorre uma queda dentro dos três quilómetros finais.

No domingo, os 198 ciclistas enfrentam uma réplica da Liège-Bastogne-Liège, um percurso de 201 quilómetros entre York e Sheffield, com nove contagens de montanha.

Fonte: Lusa
PUB